Só a partir da década de 1970, a xenoglossia passou a ser objeto da ciência pelo canadense radicado nos Estados Unidos, o qual se formou em medicina e psiquiatria, e dedicou-se às pesquisas da sobrevivência do espírito após a sua retirada do corpo que morre, o qual segundo a Bíblia e a ciência veio do pó e volta para o pó (Eclesiastes 12: 7).
Ian Stevenson, que se tornou diretor do Departamento de Psiquiatria da Universidade de Virgínia, conquistou fama mundial nas suas pesquisas de quase-morte (EQM), na relação entre mente e cérebro, nas aparições ou visões no leito de morte, na memória extracerebral e no fenômeno da reencarnação, pesquisando-a em cerca de 40 países, entre eles, o Brasil. E, de modo especial, suas pesquisas foram com as crianças, pois ele descobriu que elas têm mais facilidade para as lembranças de suas vidas passadas. Um de seus “best-sellers” é “Reencarnação: Vinte Casos”, traduzido para várias línguas, no Brasil pela Editora Vida & Consciência, de São Paulo (SP), em 2007. Através de suas avançadas pesquisas sobre a reencarnação, Stevenson e seus colegas cientistas de vários países acabaram chegando também à xenoglossia, à glossolalia e aos casos da possessão bíblica.
Nos dicionários, a xenoglossia é definida como um estado de êxtase ou de hipnose em que a pessoa (médium) fala línguas desconhecidas por ele. Mas há dois casos bem distintos: o da xenoglossia, ou seja, a fala de fato de uma língua estrangeira desconhecida do falante, como em pentecostes (Atos 2: 6) e a glossolalia, isto é, gemidos e o balbucio de sílabas de um blablablá sem nexo de médiuns, o que é proveniente da influência de um espírito querendo comunica-se, mas não o Espírito do próprio Deus – o Santo Espírito – como muitos pensam, pois Deus não é de confusão, ensina Paulo (1 Coríntios 14: 33). E, a respeito dos dicionários definindo xenoglossia e glossolalia como “êxtase” e hipnose, melhor eles diriam “transe” e hipnose. Mas qualquer um dos dois é um estado alterado de consciência, como o é também o de hipnose, estados esses que possibilitam a manifestação de personalidades espirituais.
Na Bíblia, São Paulo define bem a “xenoglossia” como sendo o fenômeno de um indivíduo que fala de fato uma língua estrangeira desconhecida por ele, o que é, pois, diferente de “glossolalia”. Alguns afirmam que, hoje, não acontece mais xenoglossia, e outros até dizem o absurdo de que isso é coisa do diabo, embora a manifestação em língua estrangeira possa ser também de um espírito diabólico e até de possessão. Mas o ensino paulino é também para nós, e ele até ensina que não se deve proibir essa prática (1 Coríntios 14: 39).
Este espaço é pequeno para que se possa falar tudo sobre o assunto. Mas ainda quero dizer que o estudo científico feito por Ian Stevenson e seus colegas inclui o conhecimento gramatical ou não da língua por parte da personalidade (espírito) manifestante, o seu sotaque comparado com o da língua no país ou região em que ela foi ou é ainda falada, e até a escrita (psicografia) do espírito comunicante é estudada. E outro exemplo de xenoglossia é quando o indivíduo, em transe, fala uma língua estrangeira desconhecida dele, mas que seu espírito conhece por ter sido uma língua de uma de suas reencarnações passadas e que está registrada no seu arquivo “acashico” oriental ou no seu inconsciente.
PS: Para saber mais, recomendo “Xenoglossia”, de Ian Stevenson, Ed. Vida & Consciência, 330 páginas, São Paulo, 2012.
Unidas pela ciência: possessão, xenoglossia e a reencarnação
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