Grande momento esse que vivemos nós, brasileiros: o dólar insistente sem querer baixar dos R$ 4,10; o desemprego ameaçando todos aqueles que às manhãs saem de casa para tentar ganhar a vida com o próprio trabalho; a inflação comendo solta o que ainda restou, depois de se pagarem as contas, os juros do cheque especial, os impostos que oneram tudo e a todos sem que se vejam ações compatíveis dos governos em retribuição a tão pesado sacrifício.
Em outro espaço a operação Lava Jato, que dá mostras de que se transformou num espetáculo midiático, indo e vindo, sem se dar conta de que o país está parado à espera de sua conclusão. Delações premiadas que todo mundo espera serem aceitas e reveladas, porque nesse angu, certamente, tem muito mais caroço do que sabemos. Por que não abrem a delação de Otávio Azevedo, presidente da Andrade Gutierrez? O que ele disse que nada ou muito acrescenta? O que se teme tanto? Um procurador federal, há quase um mês, diz que já tem provas para denunciar Lula e sua patroa, dona Marisa, por causa de um tríplex comprado no Guarujá. Mais ou menos o tipo de processo movido contra um ex-governador mineiro que deu pulseirinhas de ouro para as secretárias no dia delas, e o Tribunal de Despesas glosou a conta. O problema estava nas pulseirinhas, da mesma forma que no tríplex do Guarujá. Só isso?
Nesse mesmo diapasão, o PMDB ocupa as páginas para dizer que Leonardo Picciani é o seu escolhido para liderar a bancada, agora com o apoio de seu arquirrival, o outro Leonardo, o Quintão. Eles vão concorrer com Hugo Motta, muito conhecido e importante lá na Câmara porque tem o apoio de Eduardo Cunha, ainda solto. Quem, sério, dá confiança pra isso? Que importância tem para esse momento de miséria ampla, geral e irrestrita à vista que Michel Temer gaste seu tempo divulgando cartinhas, mantendo-se presidente de um partido sempre no poder e perfilado à ideia de ter espaços para mandar e dividir resultados, muitos os mais censuráveis, ética e politicamente? Onde está Marcela? Vai pra casa Temer, ponha o chinelo de vice, abra um bom vinho comprado com recursos do erário, que você lá faz melhor. Vá namorar.
Ninguém falou em reduzir as verbas destinadas à manutenção das câmaras de vereadores de todo país, das assembleias legislativas, da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Não se cortou na carne o orçamento do Judiciário. Não se falou em auditar despesas com assessorias, com a manutenção de fundações de mentira, de secretarias e ministérios criados para acampar interesses políticos e semear o mau exemplo da ineficiência, do descaso e da improdutividade. Não se fala mais em concessões públicas, PPPs, na redução do tamanho de um Estado gastador, burro e corrupto.
Não se veem propostas, projetos, ideias senão o blábláblá de uma oposição que, igualmente aos partidos que estão hoje com a caneta, tem apenas projetos de poder. A oposição só está preocupada com a eleição. Não é uma rima; é a mais pura realidade.
A seguirmos assim, melhor é a receita de Stanislaw Ponte Preta: “Ou restaure-se a moralidade ou locupletemo-nos todos”. Pelo menos tentemos, o mais democraticamente possível.
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