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Ex-cortadora de cana é dona da maior loja virtual de semijoia
De Itinga, no Vale do Jequitinhonha, Sabrina Nunes criou a Francisca Joias, que fatura R$ 1,8 milhão
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Nascida em Itinga, no Vale do Jequitinhonha – um dos locais com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil –, Sabrina Nunes, 31, mudou-se para o Mato Grosso do Sul, onde o padrasto já trabalhava numa usina. Lá, a única função com vaga era para ser cortadora de cana-de-açúcar. “Tem gente que vai cortar cana porque é a única oportunidade, tem gente que não sai dessa atividade, e tem quem faça disso um trampolim, como foi meu caso”, lembra Sabrina, órfã de pai aos 3 anos e filha de uma dona de restaurante.
A realidade de cortar cana, mesmo com faculdade de serviço social, foi há nove anos, e, ao ver engenheiros com bons salários, quis ser uma engenheira. Para isso, concorreu a uma vaga do ProUni. “Com minha irmã morando no Rio de Janeiro, a cidade foi um roteiro natural para mim. Nessa época, eu já era mãe, mas já tinha certo o que eu ia fazer”, contou Sabrina.
Mudança de rumo. Foi no Rio de Janeiro que a realidade de Sabrina se transformou. Enquanto cursava engenharia de produção, viu uma matéria num jornal sobre o crescimento do setor de e-commerce e o exemplo de uma mulher que vendia artesanato. “Eu tive a ideia de vender semijoias e abri a Francisca Joias. Comprei produtos no centro da cidade e fui vender na plataforma Elo7. Vendi R$ 50 no início. Vou vender para o resto da vida”, disse Sabrina, em meio a uma gargalhada.
O bom humor da ex-cortadora de cana se explica: Sabrina começou a participar de feiras em geral, viu a demanda aumentar e resolveu abrir a própria loja virtual, que hoje é a maior nesse segmento.
Atualmente, envia 2.500 pedidos por mês com tíquete médio que varia de R$ 140 a R$ 180. O faturamento da Francisca Joias (nome da avó) foi de R$ 1,8 milhão no ano passado. São 670 revendedoras em todo o país. “Para ser uma revendedora, é preciso fazer uma compra de R$ 1.500, e a pessoa ganha 40% de desconto. Ela escolhe os produtos que vão na embalagem com garantia”, explica Sabrina.
No portfólio de cerca de 3.000 peças, entre brincos, anéis, pulseiras e colares, a venda maior da Francisca Joias é a de brincos de R$ 79. “Vendo de todo tamanho. A mulher ama brinco, é muito legal”, comemora.
Sabrina conta que a produção é terceirizada, mas não revela a fábrica. “O pessoal copia demais meus produtos”, justifica a relutância.
Mesmo com o canibalismo do mercado, Sabrina conseguiu diferenciais: o acessório chega à casa da cliente numa embalagem personalizada e com cheiro de perfume desenvolvido pela marca. “Acontece muita automação (nesse segmento), mas nossa essência é fazer um e-commerce mais humanizado”, conclui.
FOTO: FRANCISCA JOIAS / DIVULGAÇÃO |
Os brincos da Francisca Joias são os recordistas em vendas entre os 2.500 envios feitos mensalmente às clientes da marca |
FOTO: FRANCISCA JOIAS / DIVULGAÇÃO |
De acordo com Sabrina Nunes, fundadora da marca Francisca Joias, a mulher brasileira adora brincos de qualquer tamanho |
Nas origens
“Francisca era o nome da minha avó e madrinha. Fiz uma homenagem usando seu nome pelo significado de força, perseverança e afeto. Somos uma marca criada para o universo feminino com acessórios que passam pelas linhas delicada, discreta, fashion até os luxuosos.” Sabrina Nunes
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