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Imunes à crise, cooperativas crescem mais do que bancos
Multirregional que engloba Minas Gerais acumula alta de 125% nas sobras e estima crescer 30%
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A economia brasileira passou nos últimos anos por uma brusca virada, saindo de um boom econômico para uma profunda recessão. No entanto, enquanto o país tenta se recuperar de uma de suas piores crises, o segmento das cooperativas parece ter ficado imune às incertezas. No ano passado, a evolução do setor foi de 20%, superior aos 16% dos grandes bancos, segundo a superintendente da Central Multirregional Unicred, Ana Carolina de Menezes.
Seguindo a mesma tendência do setor, o grupo nacional Unicred registrou um crescimento de 120,8% nas sobras, que, na verdade, são o saldo positivo entre despesas e receitas. Já os depósitos totais à vista cresceram 20,7% e chegaram a R$ 8,3 bilhões. As operações de crédito tiveram um incremento de 5%, totalizando R$ 4,8 bilhões.
Tudo indica que o avanço continuará em 2017. Para a Unicred Multirregional – unidade que engloba Minas Gerais –, a meta é crescer 30%. “A tendência é confirmarmos essa estimativa, a julgar pelos resultados acumulados até abril, quando as sobras (regionais) alcançaram R$ 9 milhões, 125% a mais que os R$ 4 milhões do mesmo período do exercício passado”, adianta Ana Carolina.
Segundo a superintendente, os números mostram a solidez do negócio e refletem os investimentos em tecnologia e em qualificação de pessoas. Ela destaca que o custo das taxas das cooperativas gira em torno da metade do que é cobrado pelos bancos tradicionais. “Acredito que valores como racionalidade econômica e solidariedade social, que são os pilares do cooperativismo, contam muito nesse resultado. Somos digitais, estamos cada vez mais investindo em aplicativos mobile, em proteção dos dados dos cooperados e os ataques cibernéticos, mas não abrimos mão de um relacionamento próximo e diferenciado com nossos cooperados”, ressalta.
“Concentramos energia e inteligência para que nossos cooperados se sintam numa posição diferenciada, combinando encantamento, custo-benefício e assessoria técnica”, destaca Ana Carolina.
Peso. Segundo dados mais recentes da Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais (Sistema Ocemg), o setor movimentou R$ 38,3 bilhões no Estado em 2015 e já representa 7,3% do Produto Interno Bruto (PIB) mineiro.
“No país, as cooperativas de crédito, juntas, ocupam a sexta posição no ranking do volume de ativos, depósitos e empréstimos. Em nível mundial, fica no 16º lugar. É um setor que tem muito o que crescer ainda. Dificuldades existem, claro. Você é mais do que cliente, é o dono. Mas, na recessão, nada melhor do que administrar de perto suas finanças e ser mais envolvido nos processos, como poder opinar sobre seu próprio negócio. Isso é uma das maiores vantagens que o sistema cooperativo tem”, ressalta.
Baixas taxas estão por trás de incremento
No sistema financeiro tradicional, a taxa média da inadimplência é de 5,62%. Na Unicred, esse índice é quase metade. “Atualmente, nossa inadimplência gira em torno de 2,98%. Nosso objetivo é buscar ir além de oferecer apenas as vantagens de um sistema de crédito cooperativista, mas também proporcionar aos nossos cooperados um atendimento diferenciado”, destaca a superintendente Ana Carolina de Menezes.
Segundo ela, é exatamente essa baixa inadimplência que está por trás do crescimento da Unicred Central Multirregional que, há 23 anos no mercado, conta com 12 cooperativas singulares e 87 pontos de atendimento espalhados por Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Bahia e Goiás. Recentemente, a central ampliou sua área de atuação pelo território paulista, com a Unicred Campinas.
De acordo com Ana Carolina, em termos de operações de crédito, São Paulo já responde por metade do volume de negócios. Dentro dos 50% restantes, Minas Gerais representa uma fatia de 80% a 90%, com 59 pontos de atendimento. Ou seja, uma participação de mais de 40%.
Números
R$ 9 mi
É o valor das sobras acumuladas até abril.
120,8%
Crescimento das sobras do grupo nacional da Unicred em 2016.
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