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Sergio’s produz 350 mil pares de sapatos masculinos por ano
Empresa nascida em Belo Horizonte há 38 anos tem plano estratégico para chegar a cem unidades
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O empresário Sergio Rocha, 60, calcula ter de dez a 15 pares de sapatos. “Quando gosto de um, eu fico com ele muito tempo”, admite o presidente da mineira Sergio’s, uma das maiores franquias de lojas de calçados masculinos do país. Se Rocha é comedido em colecionar sapatos, o mesmo não acontece nos negócios. Em 38 anos de vida da empresa, o executivo fez o negócio chegar a 350 mil pares de sapatos masculinos produzidos por ano e vendidos em 63 lojas – sendo 57 franquias – no país. Em acessórios (carteira, bolsa) são de 200 mil a 250 mil itens por ano.
O faturamento de R$ 91 milhões e 500 funcionários são números que também devem crescer. É que o plano estratégico para os próximos dois anos é atingir cem lojas. A expansão deve acontecer por meio do projeto de loja compacta. “O mercado deu uma enfraquecida, mas nosso padrão é bem formatado, consolidado, e todo o processo de franquia passa por abastecimento e produto, o que deu condição de oferecer uma situação estável para quem quer investir no negócio”, explica Rocha.
Tipo de franquia. O presidente da Sergio’s conta que quem procura a marca costuma ser o próprio franqueado que quer aumentar o negócio. “Vários têm mais de duas lojas”, informa.
Atualmente, são dois tipos de franquia – a compacta, com investimento de R$ 250 mil, fora o ponto comercial; e a franquia suprema, que custa de R$ 500 mil a R$ 600 mil, dependendo do ponto comercial.
Presente em 16 Estados mais o Distrito Federal, Rocha explica que busca muito a cidade de porte menor no interior de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Minas Gerais. O objetivo é a interiorização da marca pelo país.
No diferencial da companhia, Rocha explica que, como tem lojas baseadas em cidades diferentes, a coleção é de 400 a 500 opções de sapatos. Isso é para montar um mix adequado em cada loja. “Em Brasília, o mercado é um, em Natal é outro, existem diferenças de uso e de nível de preço. São mercados díspares. Nossa loja é adequada para o lugar e para o mercado em que ela está”, informa Rocha, que registra um tíquete médio de R$ 200 a R$ 250.
Com couro 100% brasileiro, Rocha conta ainda que a empresa está exportando. “Temos uma loja e um centro de distribuição para a América do Sul situado em Santa Cruz de La Sierra”, informa. A exportação da Sergio’s é em torno de 4% da produção, mas tem potencial para crescer, garante Rocha.
Fábricas
Rede. A Sergio’s tem supervisores de produtos nas fábricas terceirizadas. “O grupo de fábricas que produz a nossa coleção é radicado em Franca, no interior de São Paulo”, conta Sergio Rocha.
Perspectivas
- Para competir, o presidente da Sergio’s, Sergio Rocha, conta que a marca tem versatilidade de produto mantendo a qualidade, o design leve e atrativo para atender um mercado diferente.
- Além das franquias, a Sergio’s vende para cerca de 40 multimarcas no país em lojas situadas em cidades estratégicas para a marca nascida em Belo Horizonte.
Grandes números
R$ 250 mil é o valor para abrir uma franquia compacta.
100 lojas é o plano estratégico a ser concretizado em dois anos.
Trajetória
Marca começou com loja na Savassi
A marca Sergio’s nasceu em 1978. O pai de Sergio, José Rocha, tinha uma loja de calçados no centro de Belo Horizonte. “Eu comecei a trabalhar com ele aos 12 anos. Gostei do processo da loja e fazia de tudo. Eu vendia, limpava, arrumava estoque e fazia serviço de banco”, conta Sergio.
Quando o executivo entrou na faculdade, o pai começou a idealizar uma loja de sapato masculino. “O mercado era carente em sapato masculino”, conta o administrador de empresas.
Então, o pai colocou o nome de Sergio na marca e passou o comando da empresa para o filho. A primeira unidade foi na Savassi. “E comecei a trabalhar com loja exclusiva de sapato masculino para homens classe A/B e a direção foi dada”, conta.
No início eram dois funcionários e, segundo Rocha, foi uma luta começar do zero. “Fomos acertando as coleções, tivemos momentos difíceis, mas com perseverança superamos tudo. Na década de 80 foram vários planos destruidores de planejamento e nos anos 90 já começamos a ter procura de pessoas querendo ser franqueados. Então, profissionalizei a empresa”.
Em 1996 eram cinco lojas próprias e o processo de expansão se deu por franquia. “Inauguramos a primeira franquia fora de Belo Horizonte que foi no Recife.” Daí, o foco de Rocha foi no desenvolvimento e exclusividade de produtos para a marca acontecer em franquias.
“É uma loja com genética própria de coleção de estilo, design, qualidade”, conta Rocha, diante do tamanho atual da Sergio’s. (HL)
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