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Sucessão na Fiemg
O processo de sucessão na Fiemg entrou numa espiral de guerra, por enquanto. Nas últimas semanas, os 137 sindicatos que compõem a terceira maior federação da indústria do país se dividiram entre os que apoiavam a ida do atual presidente Olavo Machado (foto) para um terceiro mandato, e os contrários à mudança do estatuto. Uma saraivada de diferentes placares tomou conta do cenário acirrando a discussão há um ano para a eleição acontecer. Até que na semana passada, o veredito saiu: o conselho de representantes da entidade manteve a redação do estatuto da Fiemg por 85 votos a favor e 51 contra – um sindicato não participou – permitindo apenas uma reeleição para presidentes eleitos.
Lado do presidente
Um dos diretores da Fiemg contou que o presidente Olavo Machado, impedido pelo estatuto de se candidatar a um terceiro mandato, lançará candidato. “Olavo quer que a Fiemg saia unida, então, ele vai conversar com todos. Olavo é um estadista”, elogiou o empresário. O diretor justificou o placar devido à era atual de mudança. “Ele (Olavo) vai conseguir harmonizar e no final deve sair um candidato (único) para a presidência”, opinou. No páreo já aparecem os nomes do presidente da Fiemg Regional Vale do Aço, Luciano Araújo, e o vice-presidente da Fiemg, Aguinaldo Diniz.
O outro lado
Outro diretor da Fiemg, Flávio Roscoe, comemorou o resultado. “A casa fez a opção certa. Reconheceu que o momento pede isso. A casa da indústria tem condições de fazer a renovação”, defendeu Roscoe, há 16 anos na entidade. O empresário afirmou que a decisão dos sindicatos de não permitir um terceiro mandato para presidentes eleitos foi uma prova de que a Fiemg está sintonizada com o momento atual do Brasil. “O caminho é a formação de chapas, se houver outro candidato”, disse. “Eu me coloco à disposição da casa”, acrescentou Roscoe com vistas a 2018. No final do ano acontece o registro de chapas para a eleição em maio de 2018.
Equilibrado
FOTO: Juan Guerra/ Lide |
Chairman do Lide, Luiz Fernando Furlan |
Num estilo conciliador e equilibrado para administrar as palestras de 26 participantes em seis horas de debates no Fórum Empresarial do Lide, em Foz do Iguaçu, o ex-ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, manteve o mesmo tom para falar do futuro do país. “Todo mundo está olhando 2018. Eu me surpreendi que o maior banco privado brasileiro está prevendo 4% de crescimento e 4% de inflação”, disse.
Sem enxofre
Questionado se será a economia a grande balizadora da próxima eleição, Luiz Fernando Furlan preferiu citar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. “Ouvi muitas vezes de FHC que a aprovação do governo tem muito a ver com o preço do arroz com feijão”, citou Furlan. Se o ambiente mudou muito, ele disse que “não é um mar de rosas mas também não está fedendo a enxofre”.
Mulheres iguais
FOTO: Juan Guerra/ Lide |
Senador Romero Jucá, deputado federal Carlos Melles, Ceo do Lide Gustavo Ene e Gaudêncio Torquato |
O professor e cientista político Gaudêncio Torquato tem sido um crítico contumaz em relação à diferença da idade mínima de aposentadoria de 62 anos para mulheres. “São dois discursos: a mulher é mais frágil ou a mulher é igual?”, questionou Torquato. Para o cientista político, mulher tem a mesma capacidade do homem e, por isso, ele não vê que as mulheres precisam de compensações na vida urbana. “Que igualdade é essa que a mulher é mais fraca?”, questionou.
Olhos de lince
Com a alegação de muita nuvem no ar e dizendo-se sem olhos de lince, Gaudêncio Torquato afirmou que 2018 ainda é um quadro distante para uma leitura adequada da disputa eleitoral. Mesmo assim, o cientista político disse que já aparece muita gente “baleada” e combalida pelas denúncias. “Aécio (Neves) baleado e está fora, (José) Serra doente e baleado está fora, Geraldo (Alckmin) baleado, mas pode se recuperar se a crítica for só sobre caixa 2”, afirmou. Por isso, ele apontou Marina Silva como candidata, mas sem condição “porque é muito frágil, não tem voto e nem apoio político”. Para Torquato, o candidato Ciro Gomes tem uma metralhadora guardada na boca que vai derrotá-lo. “Vejo Lula possivelmente condenado e fora da campanha”, acrescentou. Sobre João Doria, Torquato considera que o prefeito de São Paulo está na sala de espera. “Tem o perfil do momento”, disparou.
Eletrobras
FOTO: JUAN GUERRA/ LIDE |
Livio Parisotto e Wilson Ferreira, da Eletrobras |
O grande desafio da Eletrobras, de acordo com seu novo presidente, Wilson Ferreira, é o setor financeiro da companhia. Com qualificação técnica considerada pelo executivo como extraordinária, Ferreira faz um esforço para lançar um plano de demissão voluntária e um plano de aposentadoria voluntária no quadro de pessoal. “Temos 17 mil funcionários e vamos cair para 12 mil em um ano”, contou.
Dívida e reestruturação
Com um nível de endividamento na faixa de R$ 43 bilhões, o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira, contou que o problema maior foi o que aconteceu nos últimos três a quatro anos quando a estatal contraiu uma dívida muito cara. “Vamos fazer uma redução com a venda de ativos. Começamos com a privatização da Celg, temos um conjunto de ativos imobiliários na faixa de R$ 500 milhões”, contou parte dos planos.
Foz do Iguaçu
FOTO: ARQUIVO PESSOAL |
Paulo César Oliveira, João Doria e Adauto Marques |
Acompanhado dos presidentes do Sicepot-MG, Emir Cadar; da Siamig, Mário Campos; dos presidentes da Fiemg Regional Norte e Vale do Paraíba, Adauto Marques e Everton Siqueira, respectivamente, o presidente da Fiemg, Olavo Machado, foi palestrante no 16º Fórum Empresarial do Lide – Grupo de Líderes Empresariais, em Foz do Iguaçu. Num discurso de improviso de dez minutos, Machado disse que a geração de emprego se resolve com empresário sério. “Para o país crescer, temos que valorizar e criar condições para o empreendedor”, conclamou o dirigente.
Constituição
Sob aplausos, Olavo Machado, disse ainda no Fórum Empresarial, evento criado por João Doria há 16 anos, que é preciso ter coragem de fazer uma nova carta constitucional, numa Constituinte exclusiva. “Vamos ficar sempre fazendo remendo e não resolvemos aquilo que é necessário. As reformas são paliativas”, criticou o dirigente da Fiemg diante de 400 participantes entre empresários e políticos.
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