Quando questionado sobre as eleições de 2018, não obstante especulações envolvendo seu nome como potencial presidenciável, o prefeito de São Paulo (SP), João Doria (PSDB), afirma que seu candidato é o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP). Também cotado para disputar o Palácio dos Bandeirantes, Doria informa que deseja concluir os quatro anos de seu mandato.
Mesmo com as negativas, o nome de Doria tende a continuar na bolsa de apostas como uma opção de candidatura tanto a presidente quanto a governador de São Paulo. Até mesmo os aliados de Aécio Neves (PSDB-MG), dado o desgaste da imagem do senador mineiro, já citam Doria como “plano B”.
Na fórmula imaginada pelos aecistas, o comando nacional do PSDB patrocinaria a candidatura de João Doria ao Planalto tendo o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) como vice-presidente contra Geraldo Alckmin. Além de Aécio, o também senador José Serra (PSDB-SP), sempre cotado como presidenciável, está desgastado.
A eventual candidatura de João Doria ao Planalto contaria com a simpatia dos tucanos ligados a Serra, pois, nesse cenário, o senador paulista ficaria com o terreno livre para ser o candidato do PSDB à sucessão de Alckmin.
Além de João Doria ser um novato na política, pesa a favor dele o fato de não estar envolvido em nenhuma irregularidade sobre caixa 2 de campanha, uma vez que, quando concorreu a prefeito, em 2016, o financiamento empresarial já estava proibido. Doria também tem histórico de gestor, uma das demandas de parcela expressiva do eleitorado dos grandes centros urbanos.
Como Doria tem um perfil de centro-direita, ajudaria a esvaziar a pré-candidatura do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que, dado o desgaste de Aécio, Alckmin e Serra, passou a tirar votos do PSDB entre os eleitores mais conservadores.
Estudo da Fundação Getúlio Vargas concluiu que João Doria foi o mais beneficiado entre os políticos favoráveis ao impeachment de Dilma Rousseff. O levantamento informa que o prefeito registrou 13 vezes mais interações que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e 50 vezes mais que o presidente do PSDB, Aécio Neves. O relatório levou em conta 4 milhões de interações do Facebook e do Twitter.
Joga ainda a seu favor a elevada aprovação como prefeito de São Paulo. Segundo pesquisa do Instituto Paraná (25.3 a 28.3), sua gestão é avaliada positivamente (“ótimo/bom”) por 51,1% dos paulistanos. Apenas 16,2% têm uma opinião negativa (“ruim/péssimo”).
Mais importante que isso, segundo o Instituto Paraná, Doria é o candidato do PSDB com mais chances de conquistar votos em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, numa disputa presidencial. Ele é o preferido de 32,5%. Geraldo Alckmin é citado por 23,6%. José Serra é mencionado por 10,4%, enquanto Aécio Neves é a opção de apenas 7,1%.
Doria é o preferido dos paulistas na disputa para governador. É citado por 42,5% como o tucano com mais chances de receber seu voto. Serra é mencionado por 25,4%.
Com importantes nomes do PSDB desgastados, setores da cúpula tucana avaliam que João Doria poderá, sim, ganhar força. Há até quem o veja como o único nome do PSDB capaz de derrotar o ex-presidente Lula (PT), que hoje lidera as pesquisas para a sucessão de 2018.
Até o próximo ano, muitas peças do tabuleiro ainda serão mexidas. Mas Doria, pela projeção que conquistou e tendo elevados índices de popularidade, aparece como um potencial candidato. Até lá, precisará torcer para que sua gestão continue sendo bem avaliada e que Aécio, Alckmin e Serra continuem politicamente desgastados.
Com o desgaste de outros nomes do PSDB, Doria entra no jogo de 2018
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