Falando pouco, mas respondendo boas: a psicoterapeuta, coaching, trainee em análise bioenergética, gestora de empresas na área de recursos humanos e administradora de conflitos Sônia Jacques. Ela sabe quais parafusos apertar para o ideal funcionamento da máquina. Para Sônia, a união não faz apenas a força, mas evita guerras.
Você sempre atendeu em consultório, realizando terapia individual. Agora trabalha também com empresas...
Sim, atendo no consultório com psicoterapia breve e coaching individual. Mas fui convidada por um grande restaurante de Belo Horizonte para uma assessoria de gestão de pessoas. Gostei muito do trabalho. Desde então, presto consultoria para outros estabelecimentos da área de alimentação.
As duas áreas são compatíveis?
Com certeza. Estamos trabalhando com desenvolvimento e aprimoramento de pessoas. Todos temos as mesmas dificuldades de relacionamento, tanto individualmente como no trabalho ou em casa.
Qual é seu maior desafio dentro de uma empresa?
O relacionamento interpessoal. Conseguir que os funcionários trabalhem em equipe e compreendam o quanto isto é fundamental para o ambiente de trabalho e para alcançar os objetivos da empresa.
E como você lida com isto?
Com muita determinação, foco e paciência, aplicando dinâmicas específicas, treinamentos em grupo e coaching individual. Além disto, tratamos das questões relativas, como o “Manual de Boas Práticas”, exigido em todos os estabelecimentos da área de alimentação e que trata das condições físicas do trabalho.
Qual é o resultado do coaching dentro de uma empresa?
Os resultados levam à melhora de relacionamento, a um melhor trabalho em equipe e aumento de performance, o que contribui para que os objetivos da empresa sejam alcançados.
Quais os resultados que você tem observado nas empresas em que atuou?
Percebo que as pessoas adquirem autoconfiança, ficam mais responsáveis e mais comprometidas com a empresa e com seus colegas.
Até agora, você falou só de um lado. E o dono de empresa? Também precisa de orientação, de psicologia?
É o primeiro a se beneficiar do processo. A interação entre dono e funcionários é permanente.
Como é ou deveria ser e se comportar o empresário do século XXI em relação a seus funcionários?
Precisa aprender a delegar poderes e trabalhar em equipe. E preocupar-se com a qualidade da saúde da empresa, e não apenas com a produtividade e o lucro.
Uma empresa é como aquele casal do ditado popular que diz “quando a necessidade entra pela porta, o amor sai pela janela”?
Quando não podemos ou não sabemos trabalhar com o coração, temos que manter pelo menos o respeito e a ética para conservar a saúde da empresa.
Para terminar, um conselho profissional, em tempos de crise.
Foco, confiança em si mesmo e nos objetivos da empresa, além da compaixão.