Atire a primeira pedra quem nunca foi surpreendido com um pneu furado, em plena chuva ou quando estava indo para o trabalho ou algum compromisso importante. Isso é a prova de que fazer a manutenção adequada é essencial para garantir a segurança.
Pensando nisso, a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip) elencou alguns fatos sobre pneus que todo motorista deveria saber. Começando pelo desgaste, circular com pneus gastos influencia a estabilidade do veículo e coloca em risco a segurança. Para saber se está na hora de trocar o pneu, basta conferir o TWI (Tread Wear Indicator, em inglês), as saliências com 1,6 mm de altura presentes nos sulcos do pneu. Caso o desgaste esteja próximo ou tenha chegado a esse indicador, é hora de substituir o pneu. Vale sempre lembrar que a Resolução 558/80 do Contran estabelece que trafegar com pneus abaixo do limite é ilegal.
Outro aspecto importante é a calibragem. Os pneus devem ser calibrados semanalmente, sempre a frio, seguindo as orientações do manual do veículo. A baixa pressão deixa a direção mais pesada, e aumenta o consumo de combustível e o desgaste. Além disso, os pneus ficam mais suscetíveis a danos e rompimentos por choque em buracos. Já quando os pneus estão muito cheios, o desgaste é mais acentuado no centro da banda de rodagem e pode resultar na perda de estabilidade em curvas. Quando for calibrar os pneus, aproveite para ajustar a pressão do estepe e verificar o seu estado. Ele deve estar sempre pronto para ser usado.
Atenção, também, para o excesso de peso. Os pneus foram concebidos para suportarem índices de cargas específicos para cada modelo e aplicação, inclusive considerando os projetos dos veículos em que serão instalados. O excesso de peso pode prejudicar a estrutura do pneu. Para evitar que isso aconteça, verifique as recomendações do fabricante do veículo para não ultrapassar do seu limite.
Ações de manutenção preventiva como fazer com frequência o alinhamento, são essenciais. Impactos mais fortes podem desalinhar a suspensão, o que resulta em desgaste irregular e prematuro dos pneus, e pode afetar a direção. Um dos indicadores desses problemas é sentir o volante puxando mais para um lado. Mesmo que isso não aconteça, o alinhamento e o balanceamento das rodas devem ser realizados a cada 10 mil km rodados.
Uma dúvida de muitos é sobre o rodízio. Com o passar do tempo, os pneus do veículo podem ter níveis diferentes de desgaste. Para compensar esse desequilíbrio, deve ser realizado o rodízio, sempre de acordo com o manual do veículo. Além de corrigir a diferença entre os pneus, o rodízio também melhora a estabilidade, especialmente em curvas e frenagens.
E o prezado leitor (a) saber “ler” o pneu? Já reparou nas letras e números na lateral dele? Eles estão relacionados a informações sobre o próprio pneu, como carga e pressão máxima, local e data de fabricação, limite de velocidade, dimensões, tipo de construção e modelo. Para terminar, o que fazer com o pneu usado? Já que vai trocar o pneu, que tal ajudar o meio ambiente? Basta deixar o pneu usado no ponto de venda quando for adquirir o novo. Dessa forma, é possível destiná-lo de forma ambientalmente correta. Seus materiais podem ser usados para fabricar outros itens, como asfalto-borracha, e pisos de quadras esportivas e de playgrounds, bem como tapetes de borracha e solas de sapatos.