Caixa de surpresas
O primeiro Ibope divulgado confirma a imprevisibilidade desta eleição. Na pesquisa para prefeito de BH, brancos, nulos e indecisos somaram 36%: uma enorme massa de gente, hoje sem intenção de voto, que pode vir a se interessar pela campanha e escolher um nome para apoiar, alterando todo o ranking das candidaturas. O campo está escancarado às viradas e surpresas, apesar da notória vantagem de João Leite, líder isolado na pesquisa.
Sobe-desce no 3º
Digna de nota a movimentação no 3º lugar. A colocação no Ibope de Luís Tibé já foi ocupada em pesquisas recentes por Eros Biondini e Sargento Rodrigues. Os três são deputados, com redutos eleitorais em grupos sociais e/ou áreas geográficas definidas. Seus índices podem oscilar conforme o perfil dos locais e entrevistados sorteados. Aparentemente, o revezamento no 3º andar das pesquisas é fruto do acaso.
Nicho lacerdista
O Ibope apurou 23% de avaliação ótima ou boa para a gestão Lacerda. É o nicho de mercado que o marketing governista tem a trabalhar nas próximas semanas para impulsionar o vice-prefeito Délio Malheiros, que empacou nos níveis de baixo – 6º lugar no Ibope. Em tese, o candidato oficial pode ir ao 2º turno se tiver o voto de todos os satisfeitos com a PBH.
Zebra 2016
O resultado mais inesperado no Ibope inicial talvez seja o de Vanessa Portugal, em 4% lugar com 5% de preferências. É um índice alto para uma candidata de partido nanico e ideologizado como o PSTU. São dela as críticas mais fortes e os comentários mais contundentes na campanha. É possível que Vanessa esteja atraindo eleitores de esquerda desiludidos com o PT.
Registro
A pesquisa Ibope foi contratada pela Rede Globo e ouviu 805 eleitores de todas as regiões da capital mineira, entre 18 e 21 de agosto, e foi registrada no TSE sob o protocolo MG-04289/2016.
Beatriz Lemos de Sá, Andréa Lanna e Adel Souki, três damas das artes plásticas mineiras.
Gorando
Subiu no telhado o plano de mudança nas regras de sucessão na Fiemg para permitir nova reeleição de Olavo Machado na presidência. Hoje, a entidade só prevê dois mandatos seguidos. E Olavo cumpre o seu segundo.
Petit comité
A sucessão na Fiemg está longe, em 2018, junto com a de governador. Mas, a movimentação já começou, discretamente, restrita a pequeno grupo. As candidaturas são articuladas com antecedência para permitir costuras com os sindicatos-membros e evitar rachas internos. É da tradição das entidades empresariais fazer eleições consensuais, sem disputa de chapas.
Nome da hora
No grupo que detém o poder na Fiemg desde 2002, um nome já desponta como forte opção: o empresário Ricardo Vinhas, dirigente do sindicato das indústrias do setor eletroeletrônico e parceiro de negócios do presidente da CNI, Robson Andrade, que elegeu Olavo e deve fazer também o sucessor.
Mando de setor
Se vier a se eleger, Vinhas será o 4º presidente seguido na Fiemg oriundo da indústria eletroeletrônica. Vieram desse setor os três últimos homens a comandar a entidade: Stefan Salej, Robson e Olavo.
Polarizando
Em Ouro Preto, o professor Caio Bueno consolidou a candidatura pelo PSB ao receber o apoio do empresário Sérgio Queiroz, que virou seu vice, e do atual prefeito José Leandro, que aderiu ao seu palanque com oito partidos e 60 candidatos a vereador. Agora, Júlio Pimenta, do PMDB, tem um adversário competitivo e a cidade, uma campanha acirradíssima pela frente.