Enfim, acordo
A mudança na Usiminas, com substituição da diretoria, abre nova perspectiva para a siderúrgica. Além de permitir uma virada na gestão da empresa, que acaba de receber injeção de capital de R$ 1 bilhão, a troca de comando facilita o diálogo entre os principais acionistas, que viviam às turras e agora começam a se entender. O ex-presidente Romel Erwin, ligado ao grupo Nippon, não era aceito pelo pessoal da Ternium.
Promissor
O novo CEO da Usiminas, o mineiro Sérgio Leite, tem 40 anos de serviços na companhia, perfil conciliador e ótimo relacionamento com os clientes e as instituições do setor. Está chegando com muita força.
Pelo avesso
A autorização pelo Congresso de um déficit de R$ 170,5 bilhões em 2016 significa que a equipe de Temer poderá exceder os gastos até esse valor. E a consequência certa é a máquina estatal gastar tudo o que pode, esgotando a cifra-teto até o último centavo. Na prática, a manobra elevou o déficit potencial no país. E assim o governo que viria cortar gastos começa a sua gestão pelo avesso, abrindo espaço para ampliar despesas.
Nó górdio
Todo o dinheiro do Tesouro Nacional no BNDES foi aportado como subvenção e não empréstimo. Sendo assim, os recursos não poderiam ser devolvidos como deseja Henrique Meirelles, segundo as normas da Lei de Responsabilidade Fiscal. É o que dizem técnicos concursados.
Não é fácil
Se as fontes da coluna estiverem corretas, o governo terá que achar um jeito de desatar o nó jurídico para usar os R$ 100 bilhões do BNDES. O que não parece fácil. Ou, então, assumir o risco de atropelar a LRF e apostar nas vistas grossas do TCU, confiando em que a Corte não julgará as contas de Temer com o mesmo rigor dispensado aos balanços de Dilma.
Causa própria
Uma pesquisa não divulgada de instituto nacional está ardendo nas mãos de poderosos em Brasília: no levantamento, 66% dos brasileiros avaliam que os deputados votaram o impeachment em defesa de interesses pessoais, dos seus partidos e das empresas que financiam suas campanhas.
Fio da meada
As gravações de Sérgio Machado com peemedebistas divulgadas até agora são partes de um quadro ainda incompleto. Novas revelações estão para ser publicadas a partir do material entregue a jornalistas pelo próprio Machado. Mais que a fala individual deste ou daquele cacique, o que deve preocupar a cúpula do PMDB é o conjunto da obra: quando se juntarem todos os fios, a meada pode configurar o pacto contra a Lava Jato.
Metralhadora
Munição ainda mais pesada de Machado virá da sua delação, cujo sigilo está para ser quebrado pelo ministro Teori Zavascki. Machado presidiu a Transpetro por indicação de Renan e operou propinas para peemedebistas. À Lava Jato, ele também contou podres na estatal que atingem figuras do PSDB, hoje aliado do PMDB. Tudo somado, gravações e delação, o que se prenuncia é um enrosco tão grande que pode inviabilizar o novo governo.
Na pressão
Integrantes do movimento Vem Pra Rua circularam esta semana pela ALMG e Câmara Municipal de BH: estão tentando botar pressão sobre os parlamentares para forçá-los a se virarem contra o governador Pimentel.
Embaixador búlgaro. Valeri Yotov e sua esposa Sylvia Yotov; Ludmila Araújo e o marido Euler Fuad Nejm; e o cônsul Renato Russeff na Noite da Bulgária, em comemoração ao dia nacional deste país europeu (www.redefotonovela.com)