Pau a pau
As primeiras pesquisas que chegaram à coluna com simulações do segundo turno para governador de Minas apontam tendência ao equilíbrio de forças entre governo e oposição. Também desmontam o mito do favoritismo de Anastasia, que hoje se igualaria a Pimentel tanto no voto como na rejeição. O levantamento foi feito em 61 cidades no final de outubro pelo GMR, do Rio de Janeiro. O instituto não informou o cliente, só alguns dados.
Fator conhecimento
Se o segundo turno fosse hoje, diz o GMR, Pimentel venceria com até 12 pontos de frente os opositores Rodrigo Pacheco e Dinis Pinheiro, os menos conhecidos. Mas, poderia perder para Anastasia e Lacerda, os nomes mais difundidos no eleitorado. No confronto direto com o ex-governador e o ex-prefeito, Pimentel ficaria dois pontos atrás: um quadro de empate técnico com desvantagem numérica para o atual governador.
Espaço pra subir
Em nenhum cenário de segundo turno Pimentel chegou a 40%: seu melhor índice no GMR foram 38,4% contra Pacheco e 37,2% contra Dinis. Nessas simulações, os indecisos e os nulos passaram de 30%. O instituto vê na alta indefinição o espaço para os opositores crescerem à medida que se tornem mais conhecidos. O que poderia acirrar a campanha ao longo do tempo.
Contaminou
Pela nova pesquisa, o desgaste de Aécio e do PSDB atingiu a imagem de Anastasia. O senador que a oposição considera o seu coringa eleitoral não garante a vitória na urna. Com 33% no segundo turno, o seu desempenho é inferior ao de Lacerda, que tem 34,6%. E mais: Anastasia agora disputa com Pimentel a liderança na rejeição: ambos têm 26%. Para comparação, a rejeição aos outros potenciais candidatos varia de 3,4% (Vittorio Medioli) a 6,8% (Lacerda). Portanto, segundo o GMR, o senador tucano seria hoje de quatro a oito vezes mais rejeitado que os demais adversários de Pimentel.
Jogo aberto
Em relação ao primeiro turno, a nova pesquisa confirmou o que outras já mostraram: os candidatos em geral registram índices baixos de intenção de voto (nenhum chegou a 20%) e muito próximos uns dos outros. Nos dois cenários testados, ambos com seis nomes, a diferença entre o último e primeiro colocados não passou de 14 pontos. O jogo está aberto.
Saída de cena
A menos de um mês da convenção que elegerá o novo presidente do PSDB, o candidato da ala anti-Temer, Tasso Jereissati, aproveita esta semana de folga no Congresso para descansar em Paris, em vez de buscar apoios dos delegados. Ou ele confia na vitória ao ponto de relaxar a campanha, ou já desistiu de lutar e ganhar.
Vai pra cima
No outro campo da disputa tucana, o grupo pró-Temer, liderado por Aécio, estaria reforçando a campanha de Marconi Perillo, governador de Goiás, com a coordenação do ex-ministro Bruno Araújo.
Luís Eduardo Mendes, Alex Alves e Claudia Souza em evento da Serpa China em BH.
Boi na linha
O senador Cristovam Buarque decidiu imitar Lula e sair em caravana pelo país a partir de dezembro. E como pré-candidato a presidente pelo PPS. É um sério obstáculo às pretensões de apresentador Luciano Huck de concorrer ao Planalto por esse partido.
Sai, não sai
Huck já está à procura de outro partido. Mas, pode ter dificuldades de achar um abrigo prestável até dezembro, prazo dado pela Globo para ele decidir se sai da emissora para ser candidato, ou não. Ou seja, Huck corre o risco de chegar ao Dia D da sua candidatura sem certeza ou garantia de que terá legenda para abrigá-la, caso resolva sair.
Correção
A convenção do PMDB marcada para o dia 20 é de âmbito municipal e não estadual como informado ontem. A correção, porém, não altera o conteúdo das notas sobre o acordo de convivência (o que é diferente de apoio) entre o governador, o vice e o presidente da ALMG.