Peso chumbo
Mal começou a campanha e tucanos já reclamam do esforço para carregar João Leite. “Está como chumbo; a Zona Sul não quer votar nele”, observou um parlamentar. As discussões com eleitores patrocinadas pelo PSDB tem reforçado a insegurança tucana: Leite inicia bem e termina mal, perdendo votos durante o debate simulado, numa indicação de que ele pode sofrer desidratação de apoios no curso da campanha.
Reinventa-se
Leite está indo a São Paulo fazer treinamento para aperfeiçoar a postura e fala diante das câmeras. Ele também vem sendo cobrado a apresentar novo conteúdo: “Tem que melhorar o discurso”, resumiu a fonte parlamentar.
Efeito polícia
Consultor de uma multinacional em Minas indicou ontem que a empresa “provavelmente” irá desistir de um grande projeto de pesquisas em análise com a Vox Populi, após o diretor do instituto, Marcos Coimbra, ser levado coercitivamente à PF, nesta terça-feira, para depor na Operação Acrônimo. “Infelizmente, repercutiu muito mal para a Vox”, lamentou o consultor.
Excesso da lei
Coimbra estava no Rio quando a polícia bateu a sua casa em BH. Avisado, pegou o carro (ele tem pânico de avião) e se apresentou no mesmo dia à PF mineira. Quando chegou, já havia câmeras a sua espera. E o estrago estava feito. O caso pede uma reflexão sobre o uso indiscriminado do depoimento coercitivo, tão constrangedor para depoentes. Se eles têm nome e endereço, e não são réus, não bastaria chamá-los à delegacia, sem holofotes?
Desandou
A eleição está dispersando a base aliada na Câmara BH. A começar pelas cabeças do Legislativo, cada qual tomou um rumo, que não é o palanque oficial. Nem o líder do prefeito, Wagner Messias Preto (DEM), ficou com o governo: vai apoiar o tucano João Leite com outros democratas. Já o presidente da casa, Wellington Magalhães, aderiu com o PTN a Rodrigo Pacheco, do PMDB. Emblemático da implosão governista foi a derrubada unânime este mês do veto de Lacerda ao projeto sobre direito de greve do oposicionista Gilson Reis (PCdoB), que apoia Reginaldo Lopes, do PT.
A ver navios
A disputa eleitoral enfraqueceu o governismo até na bancada do partido do prefeito, PSB. A mudança do nome próprio, Paulo Brant, pelo candidato do PSD, Délio Malheiros, não agradou a vereadores nem a postulantes do partido a uma vaga na CMBH. Com a troca, o número em evidência na propaganda de prefeito será o 55 dos pessedistas e não mais o 40 dos socialistas.
Camisa de força
Neste pleito, são tantas proibições e regras para campanha, inibindo desde a propaganda dos candidatos até a publicação de notícias, que fica impossível um debate aprofundado. E, sem maior debate, as eleições vão perdendo sua eficácia e credibilidade como instrumento de avanço e mudança.
A conferir
Segundo uma versão que corre em bastidores restritos, a troca de Brant por Délio teria sido executada por Lacerda em entendimento com Aécio Neves, num acordo costurado pelo senador Anastasia, hoje o cacique tucano mais próximo do prefeito de BH.
Vai que vai
Em Nova Lima, o ex-prefeito Vitor Penido (DEM) recebeu o apoio do PMDB após acordo conduzido pelo deputado Leonardo Quintão. E segue com a sua candidatura, apesar de condenado por improbidade no TJMG desde 2014.
Aperto na rosca
O governo federal fecha gradualmente todas as torneiras de verbas para as prefeituras, soltando apenas o dinheiro obrigatório. Nem os repasses para investimentos no SUS estão saindo: desde 2015, já deixaram de chegar aos cofres das capitais R$ 3,2 bilhões dessa fonte.
Em recente evento no TRT-MG, Luiz Tito e os desembargadores Júlio Bernardo do Carmo, Caio Vieira de Melo e José Marlon