Racha tucano
Os parlamentares do PSDB estão divididos em dois blocos em relação à candidatura a governador de Minas. E, neste momento, o racha é definitivo, aparentemente inconciliável. Aécio Neves decidiu lançar Rodrigo Pacheco, contrariando ala no partido que prefere Dinis Pinheiro. O racha preocupa o presidenciável tucano Geraldo Alckmin, que precisa de palanque forte e já iniciou discretamente gestões para unir forças da oposição estadual.
Quem com quem
Dos sete deputados federais do PSDB, quatro querem a candidatura de Pacheco: Caio Nárcio, Bonifácio de Andrada, Domingos Sávio e Paulo Abi-Ackel. Apenas dois estão com Dinis: Marcus Pestana e Rodrigo de Castro. E um está indeciso: Eduardo Barbosa. Já na bancada estadual o quadro se inverte, e Dinis ganha ampla preferência, apoiado por sete dos oito deputados; o único apoio tucano a Rodrigo na ALMG é o de João Vítor Xavier. Quanto ao senador Anastasia, este segue o que Aécio definir.
Plano em revisão
Pelo apoio tucano, o candidato de Aécio pode se filiar ao PSDB. Até agora todas as expectativas e articulações apontavam para a filiação de Pacheco ao DEM (hoje ele é do MDB). Mas o plano está sendo revisto. Aécio quer que o PSDB tenha a cabeça de chapa; aposta numa reedição da polarização eleitoral com o PT no Estado. E a entrada de Pacheco ao ninho tucano seria uma forma de aumentar o apoio interno ao seu nome.
Via paulista
Simultaneamente à movimentação de Aécio, o governador Alckmin vem estreitando os contatos na oposição mineira com vistas ao seu palanque regional. O presidenciável tucano está mais atento aos bastidores mineiros do que se imagina; ele conversa amiúde com aliados de Pacheco e recebeu semana passada outro candidato de oposição ao governo de Minas, Marcio Lacerda, do PSB, partido do vice-governador paulista Márcio França. O fato é que a sucessão mineira está passando por São Paulo.
Top secret
Lacerda confirmou o encontro com Alckmin, noticiado aqui na coluna. Ele minimizou o fato: “Foi só troca de informação entre políticos”, disse. Mas, em outra versão, há fontes dizendo que o encontro foi além de bate-papo, chegando a discutir alianças para reforçar a oposição estadual e o nome do presidenciável tucano.
Agnaldo de Lima e Daniele Costa
Corpo mole
Ouvem-se no Planalto críticas ao baixo comprometimento das lideranças mineiras com a reforma da previdência. Políticos e empresários do Estado não estariam se empenhando pela aprovação do projeto, para irritação do governo. Desabafo palaciano: “Os mineiros vêm aqui, reclamam dinheiro, pedem isso mais aquilo e não querem ajudar o governo”.
Trato feito
O acordo entre os dois grupos concorrentes à direção da Fiemg era dado ontem nos corredores da entidade como já certo e definido. A chapa para as eleições será única, encabeçada por Flávio Roscoe. Detalhes depois.
Beija-mão
A posse ontem de Rodrigo Teixeira como superintendente da PF em Minas bombou em público e prestígio. Compareceram a diretoria nacional da corporação e os delegados em peso, vários deputados e desembargadores, os presidentes da ALMG e do TCE, a cúpula da segurança pública no Estado e cinco secretários do governo Pimentel, entre outros convidados.
Ele merece
A biografia do novo superintendente justifica tanto público. Teixeira tem uma excelente reputação profissional e uma rede de relacionamentos tão ampla como diversificada. E, é claro, o fato de haver muito mineiro sendo investigado pela PF também estimulou a fila de cumprimentos.