Regresso de Aécio
Os arranjos eleitorais cogitados por Aécio Neves passaram a incluir sua candidatura à reeleição no Senado. Na última sexta-feira, 24, durante derradeira tentativa de acordo com Marcio Lacerda, ele indicou em conversas que já trabalha com tal cenário. Abatido por escândalos que inviabilizam sua candidatura à Presidência da República, Aécio está de volta a Minas para buscar no Estado natal a sua sobrevivência política.
Rota inversa
O declínio nacional de Aécio contrasta com uma ascensão simultânea e fulminante de Anastasia. O ex-liderado ofuscou o ex-chefe nos embates do Senado e está assumindo agora, com seu trabalho na relatoria do processo de impeachment, o título de tucano mineiro mais prestigiado em Brasília.
Bala de prata
Graças ao seu prestígio em alta, Anastasia virou o grande trunfo do próprio Aécio e de seus aliados mineiros para alavancar votos no pleito municipal e as eleições de 2018. Sobretudo os tucanos estão contando com o senador-relator para os embates nas urnas, seja como candidato ou cabo eleitoral.
Aposta de risco
A bala de prata pode não funcionar. Amigos de Anastasia afirmam que o desejo do senador é ser ministro do STJ. Um projeto cada vez mais factível com o trabalho que ele vem fazendo no Senado e com as relações que vem construindo no Planalto. Por outro lado, o senador não está imune à onda de escândalos que já abateu Aécio e outros tucanos: segundo boas fontes, ele estaria marcado como um dos próximos alvos na escalada de denúncias sobre desmandos durante a gestão do PSDB no governo do Estado.
Caixa forte
Segundo dados do TSE, Leonardo Quintão é o pré-candidato à PBH que mais arrecadou na campanha de 2014: recebeu R$ 4,9 milhões em doações eleitorais. O outro postulante à PBH no PMDB, Rodrigo Pacheco, não fica muito atrás: arrecadou R$ 3,8 milhões. Entre os dois se encontra o petista Reginaldo Lopes, vice-campeão no ranking do caixa forte com R$ 4,5 milhões em doações de empresas.
Banda pobre
No outro lado, liderando o ranking das campanhas pobres, estão os pré-candidatos do PROS, Eros Biondini, com orçamento em torno de R$ 700 mil, e do PSDB, João Leite, lanterninha em doações e gastos com R$ 250 mil. Por coincidência ambos são ligados a igrejas: o primeiro ao movimento católico Renovação Carismática e o segundo à evangélica Batista.
Noiva da hora
A ex-deputada Luzia Ferreira, que integrou o secretariado da PBH até se desincompatibilizar em abril, é o nome preferido por Marcio Lacerda e pelo próprio candidato para a vice de Paulo Brant. Isso, por ser mulher, ter bases políticas na cidade e representar um partido com algum tempo de TV.
Triângulo no ar
O entrave ao casamento Brant-Luzia é que a noiva tem outros pretendentes. Segundo um mandatário tucano, com os seus atributos ela também seria a vice ideal para o pré-candidato do PSDB, João Leite.
Moedor de carne
Petistas cogitam uma linha pesada de ataques a Lacerda na eleição, como tentar responsabilizá-lo pela queda do viaduto Guararapes e associá-lo às mortes no acidente. “Ele vai ser chamado de assassino”, resumiu a fonte.
Os chefes da PM - A cúpula da PM reunida: os fardados são os comandantes tenente-coronel Rodrigo, do BPAer, tenente-coronel Gianfranco, do Batalhão de Choque, coronel Schubert, do CPE, tenente-coronel Giovanni, da Rotam, major Cinério, da Rocca, e tenente-coronel Olímpio, do Gate. O único à paisana é o consultor político Rodrigo Flausino, filho de coronel reformado.