Sem passagem
O novo projeto da PBH para elevar impostos enfrenta enorme resistência na Câmara Municipal. Hoje, na avaliação de um experiente vereador, com vários mandatos, a proposta não teria apoios para ser aprovado. Nas contas desse parlamentar, um aliado do governo Lacerda, o projeto teria na casa três votos a favor e 38 contra.
Sem previsão
Um indício das dificuldades para aprovação da matéria é o fato de não haver ainda uma data estimada para sua votação, apesar do interesse do governo e da proximidade do fim do ano. O projeto precisa ser votado agora para valer em 2015. Já há vereadores apostando na sua retirada.
Sem necessidade
A má vontade na CMBH com o novo projeto de aumento dos impostos está no fato de ser uma proposta impopular que não se provou indispensável. Na realidade, pode ser desnecessário. No caso do ISS, a PBH só apresentou novo projeto para garantir o aumento já em vigor, caso ele venha a ser derrubado na Justiça. O que é improvável, pois o STF dará a palavra final e esta corte tende a decidir a favor da PBH. Em resumo: a PBH pode manter a elevação de alíquotas do ISS mesmo sem a aprovação do novo projeto.
Sem problema
No caso do ITBI, o aumento está suspenso e só pode voltar a vigorar se aprovado de novo na CMBH. Mas, também aqui já se encontrou um jeito para elevar as receitas do tributo: desde a derrubada do aumento da alíquota no TJ, a PBH vem turbinando suas avaliações de imóveis para cálculo do tributo – ou seguindo a valorização do mercado, como se diz lá.
Recomeço
O presidente da ALMG, Dinis Pinheiro, está sendo aconselhado por aliados e assessores a disputar eleição em 2016. Buscaria o cargo de prefeito para voltar a ter mandato e ficar em evidência após a derrota nas urnas como candidato a vice-governador.
Mira alta
Uma prefeitura já sugerida a Dinis para essa campanha de retorno é a de BH. E um dos argumentos apresentados a ele é o de que o seu partido, PP, deveria lançar candidato próprio na capital para marcar posição e crescer.
Queremos Santiago
A Unimontes aguarda em clima tenso a nomeação do novo reitor. Há receio de que o eleito pela comunidade, Wagner Santiago, venha a ser preterido para dar lugar à indicação de outro nome. Já houve ato na universidade para pedir ao governador que respeite a vontade dos 10 mil alunos e 1.600 professores. Santiago teve 56% dos votos contra mais dois candidatos.
Cotadíssimo
Praticamente todas as listas de secretariáveis incluem o deputado estadual André Quintão, ligado ao ex-ministro Patrus Ananias. Ele seria o nome para a pasta de Trabalho e Ação Social.
Pior dos mundos
No cenário trabalhado pela cúpula do PSDB, com base em análises de economistas ligados ao partido, 2015 será um ano duríssimo para o país, com a economia nacional mergulhando em estagflação (uma combinação perversa de recessão com inflação) e gerando uma onda generalizada de insatisfação na sociedade.
Desabando
Principal cidade mineradora, Nova Lima já perdeu este ano quase R$ 150 milhões em royalties. A arrecadação de janeiro a outubro baixou de R$ 210 milhões em 2013 para R$ 61,4 milhões em 2014: queda de mais de 60%.
Crise bate
Em outros polos de mineração o quadro de repete. Itabira está deixando de receber no ano cerca de R$ 98 milhões em royalties e Brumadinho, quase R$ 25 milhões. É muito dinheiro para essas cidades, que começam a sentir agora os impactos da crise no setor mineral.