Tese furada
Desde o início do governo Temer, no dia 12, o Ibovespa recuou uns 6,5% e o dólar subiu mais de 2,5%. Já o CDS (credit default swap), que indica a percepção de risco do país, avançou perto de 6%. Não se confirmaram as expectativas de melhoria do ambiente econômico e aumento da confiança de investidores com a mudança de gestão em Brasília.
Lua de fel
A reação do mercado frustrou quem esperava uma lua de mel, ainda que breve, entre investidores e o novo governo. Não, eles não estão dando trégua nenhuma. Mas, em defesa do presidente interino, é preciso dizer que o seu governo não parece responsável pelo mau humor recente no mercado. As oscilações na bolsa e no câmbio nos últimos dias têm sido determinadas menos por questões internas e mais pelo front externo: os investidores estão reagindo às perspectivas de alta de juros nos EUA e queda na economia chinesa. O contexto global não favorece a estabilização do Brasil.
Novos critérios
O Banco do Brasil definiu este mês os novos projetos que irá patrocinar pela Lei Roaunet. E para amarga surpresa da classe artística, o banco mudou sua política: na lista de projetos recém-aprovados, há cerca de 40 festas e feiras agropecuárias e nenhum espetáculo teatral.
Cultura de massas
O fundo estadual segue a mesma tendência, patrocinando cada vez menos a produção original de criadores e artistas mineiros para bancar eventos festivos que não produzem nada novo e são chamados de culturais porque têm show e comida – ou música e gastronomia. Além de feiras rurais, vêm crescendo em participação no fundo estadual as festas de rua promovidas por consulados estrangeiros.
Obstáculo
Os vereadores do PSB em BH estão resistindo ao plano de dirigentes do partido de fechar coligação proporcional com o PRB nas eleições.
Fundo do poço
A Fiat acaba de bater um recorde negativo: o emplacamento de veículos da marca chegou a cair para 680 unidades/dia na semana passada. O número representa pouco mais de 20% da produção potencial da montadora, que está estruturada para fabricar 3.000 veículos diários. O cenário catastrófico foi comentado por membro do conselho da empresa.
Outros piores
No país há 40 anos, a Fiat é uma das marcas mais consolidadas no mercado nacional, líder de vendas. Se ela vai mal, imagine-se então o quadro nas montadoras que chegaram recentemente. A crise na indústria automotiva chegou a tal ponto que já começa a desorganizar a cadeia produtiva do setor, com paralisações cada vez mais frequentes nas fábricas por falta de peças e ameaça de quebradeira de fornecedores.
Trapalhada
Mal encerrado o anúncio das “medidas” econômicas do novo governo, a principal delas já teve sua viabilidade técnica e jurídica contestada: para técnicos do setor público, o pagamento antecipado de R$ 100 bilhões do BNDES ao Tesouro, como proposto, seria vedado pelo artigo 36 da LRF.
Só intenções
O novo “plano de voo” da economia, como Henrique Meirelles chamou seu pacote de propostas, aponta metas e objetivos para as contas do governo, porém sem apresentar quase nada de efeito prático e imediato. Na verdade, as “medidas” anunciadas são ideias em estudos que ainda precisam ser trabalhadas para se tornarem ações efetivas. Por ora, o ministro da Fazenda só tem a mostrar uma espécie de carta de compromissos. E blá-blá-blá.
BRINDE À AMIZADE. As charmosas Adriana Silveira e Simone Riccio comemorando e brindando aniversário da amiga comum Ângela Monteiro.