Vice do acordo
As conversas para um acordo de paz no PMDB avançam na escolha de um novo vice para Fernando Pimentel que contemple as duas alas do partido: aquela alinhada ao PT na administração estadual e a outra que transita próxima à cúpula nacional e ao governo Temer. Um nome já está colocado na mesa, em princípio com todas as condições de unir os peemedebistas e apaziguar o partido: o coordenador da bancada de Minas e vice-presidente da Câmara Federal, Fabinho Ramalho. Hoje, ele é o nome do acordo.
Sob medida
À primeira vista, Fabinho se encaixa perfeitamente ao molde do vice de consenso. Ele transita em ambos os lados do PMDB. Tem dado um grande apoio ao governador Pimentel em Brasília, liderando campanhas caras ao governo estadual como a defesa da Cemig e o encontro de contas do Estado com a União. Ao mesmo tempo, goza da amizade de Temer e tem acesso aos colaboradores mais próximos do presidente, incluindo Romero Jucá, que comanda o PMDB no país e é peça chave no acordo mineiro.
Tem futuro
“Vamos ver, vamos aguardar”, disse Fabinho a um interlocutor ontem, sem negar nem confirmar a pré-candidatura a vice-governador. Ao que tudo indica, as articulações estão bem encaminhadas mas não fechadas. Faltam amarras na costura. E ainda não é hora de bater o martelo. Não há pressa alguma por parte dos interlocutores envolvidos já que a maioria dos vices só deve ser definida mesmo no próximo semestre. De todo modo, o acordo peemedebista se mostra muito promissor.
Gestação
Correm notícias de muita movimentação nos bastidores para a viabilização de Luciano Huck. O presidenciável global tem apoio de um grupo de investidores e agora estaria reunindo assessores para ajudá-lo nos planos de campanha. Citada pela primeira vez na coluna em julho, a candidatura de Huck deve ser lançada em abril, nove meses depois.
Observatório
A propósito, marqueteiros e assessores que trabalham para políticos de vários partidos ou tendências passaram a acompanhar o programa de Huck na TV para estudar o novo presidenciável. Ele está sendo levado a sério.
Daniela Menin, Cecília Menin e Isabela Rennó.
Sem caixa
São mínimas as chances de solução do problema de liquidez da Caixa Econômica, que precisa de reforço de R$ 10 bilhões, em tempo para que o banco possa voltar a liberar recursos para prefeituras até o final do primeiro semestre de 2018; a partir da segunda metade do ano, as operações são interrompidas por causa das eleições.
Senta e espera
Os contratos já assinados pela Caixa com a PBH continuam valendo. Mas o prefeito Alexandre Kalil vai ter que ter muita paciência para colocar a mão no dinheiro. Talvez, só consiga receber os recursos a partir de 2019.
Depois do luto
Dinis Pinheiro deve retomar e até intensificar sua campanha após o período de luto pela perda da mãe, falecida nessa segunda-feira (6). Nas últimas semanas, ele abandonou a agenda de pré-candidato para ficar com Dona Irene; dormia todas as noites ao seu lado no hospital. Apesar do momento pessoal difícil, segundo um deputado muito próximo, Dinis continua “determinadíssimo” a disputar o governo do Estado.
Barreira
As pesquisas recentes indicam que o eleitorado de Bolsonaro mantém um perfil bastante elitista. No Ibope, o deputado obteve 24% de apoio entre os ricos, contra 6% entre os mais pobres. Essa baixa penetração nas camadas populares é o que está barrando a onda do presidenciável, que começou crescendo forte e depois estagnou no patamar de 15%.