Voo de kalil
Nesta quarta-feira, 74 dias após a posse na PBH, Kalil faz a sua primeira incursão como prefeito em Brasília. Vai buscar verbas federais. Estará acompanhado do secretário da Saúde, Jackson Pinto, mas não deve limitar seus contatos a essa área, aproveitando a viagem para tratar de outros assuntos e, claro, articular apoios políticos para as suas demandas no governo federal. A agenda ainda estava sendo fechada ontem.
Basta de merreca
De janeiro até aqui, a PBH recebeu na sua conta de receitas de capital, onde são registradas as transferências da União ou empréstimos dos bancos federais, recursos totais em torno de R$ 4 milhões. Ou “uma merreca”, como disse um assessor de Kalil. E, para indignação do prefeito, as verbas da União para BH têm ficado muito aquém dos recursos destinados a outras capitais. Para as nordestinas, por exemplo, sempre há mais dinheiro.
Luta dos farrapos
Kalil vai encontrar um clima adverso como nunca para prefeitos em busca de verbas. Segundo cálculos da Instituição Fiscal Independente, do Senado, será preciso o corte de uns R$ 39 bilhões no orçamento deste ano para cumprimento da meta fiscal de R$ 143 bilhões. E isso sem considerar uma frustração da arrecadação, provável se o PIB crescer apenas 0,5%, como estima o mercado. O cobertor sempre curto agora está em farrapos.
Só na pressão
O prefeito de BH chegou a declarar que se colocaria de joelhos em Brasília, se preciso, para reabrir as fontes financeiras. Mas, a melhor tática no caso não parece ser implorar, nem puxar saco. A realidade aponta como única arma eficaz a pressão política: tem tido mais sucesso em obter recursos os Estados/capitais com bancadas mais atuantes. Nesse sentido, a “merreca” nos cofres da PBH diz muito mal dos deputados e senadores mineiros.
Com tudo
Em sua terceira posse neste ano, Vitor Penido assume hoje a presidência da Granbel (Associação dos Municípios da Região Metropolitana de BH) em evento no Palácio da Liberdade, presidido pelo governador. Ele voltou à Prefeitura de Nova Lima em 1/1 e, em seguida, foi eleito presidente da Amig, entidade dos municípios mineradores. Aos 74 anos, Penido está acumulando três cargos muito importantes. E não tira o sorriso dos lábios.
Acordão
Na sucessão da AMM (Associação Mineira dos Municípios), a disputa inicialmente acirrada vai sendo substituída por um grande acordo, com os seis candidatos à presidência negociando uma chapa única envolvendo a participação de todos. A chapa de consenso teria na cabeça Julvan Lacerda (PMDB), prefeito de Moema, e na vice Wander Borges (PSB), de Sabará.
Promissor
O acordão dos prefeitos é atribuído, nos bastidores, às articulações do ex-presidente da AMM Antônio Júlio (PMDB). Como não há grandes motivos nem disposição para briga interna, o entendimento promete vingar. Porém, até a data-limite para registro das chapas, no dia 24 próximo, tudo pode mudar. As eleições ocorrem no dia 30.
O vice-presidente da Associação de Juízes Federais, André Prado Vasconcelos, e a chefe do departamento tributário do escritório Décio Freire e representante da Fiemg, Bianca Delgado, que falou sobre os polêmicos bloqueios judiciais no III Fórum Nacional de Execuções Fiscais, realizado pela Ajufe até ontem, em BH.
Fosso abrindo
Traduzidas em números, as projeções do Banco Mundial para o Brasil são aterradoras. O banco estima em 9,8% o índice de pobreza e em 4,2% o de extrema pobreza em 2017. Considerando uma população de 206 milhões (IBGE), está se falando em 20,1 milhões de pobres (renda até R$ 170) e 8,6 milhões de miseráveis (até R$ 70). E eles estão aumentando, rapidamente.
Cala-boca
De boa fonte: Eduardo Cunha só concretizará suas ameaças ao PMDB e ao governo Temer, contando todos os podres que sabe, se a Lava Jato atingir sua família. Enquanto a esposa e a filha estiverem livres, ele continuará se limitando às bravatas.