A visão que se tem do desastre causado pelo rompimento das barragens de rejeitos de mineração em Mariana é como a de uma descarga da “privada do mundo”: horrível, fedorenta, humilhante, uma verdadeira radiografia da nossa insignificância, da nossa ganância, da nossa ânsia de tudo querer, enfim, do nosso fim. Estou sendo radical? Na verdade, eu sou, em quase tudo. Às vezes, nem eu mesmo me tolero, como neste momento em que agora vivo e escrevo.
A ganância do homem é mesmo nojenta. Destrói a natureza com jatos d’água de alta pressão, acaba com montanhas, degrada o ambiente, desgraça a vida das pessoas. E durante algum tempo, mas só até que aconteçam outras desgraças, sobram comentários e promessas dos demagogos de plantão e a omissão das autoridades. Tenho nojo de tudo isso... Tenho nojo de quase tudo que anda acontecendo em nosso país, lugar onde ninguém mais conseguiria dormir se colocassem guizos em pescoços de ladrões e mentirosos. Esse tipo de desastre anunciado acontece e continuará acontecendo, como aqui, em São Sebastião das Águas Claras, no princípio deste século, um século que promete – quem viver, verá.
Alguns amigos têm-me achado pessimista e raivoso com tudo. Deve ser a idade que chega e a visão apocalíptica do que acontece no e com nosso país, com nossa pequena vida. Mas, olhando com bons olhos, eu devo ter razão. Vejam: o nosso direito civil é baseado no Corpus Juris Civilis do direito romano, do imperador bizantino Justiniano. Um dos princípios mais importantes dessa legislação diz que “Quid tacet non utique fatetur, sed verum est eum non negare” que significa “Quem cala nem sempre consente, mas a verdade que não nega”. Perdoem-me por algum possível erro, já que estudei isso há mais de 60 anos... Esse cara de nome Lula, por tudo que sabemos e que é publicado pelas duas principais revistas de circulação nacional, é ladrão. Se não fosse, já teria processado os responsáveis por essas revistas e toda a imprensa nacional que o acusa e fica sem resposta. Afinal, devemos nos ater não à parte que diz que “quem cala consente”, pois quem cala nem sempre consente, mas à questão da verdade... Verdade, repito, que não nega.
Ladrão e covarde, agitador barato e analfabeto, palhaço de ilusões vermelhas, que espalha cizânia neste país infeliz, com suas mentiras e desatinos quando manipula a presidente, seu brinquedo preferido, fragilizada por seu passado de assaltante à mão armada de bancos e congêneres.
É duro receber essa censura de um cidadão comum? Pode ser. Mas pior é ser dito por um dos fundadores do PT, o sociólogo Chico de Oliveira, que, no programa “Roda Viva”, da TV Cultura, ao ser questionado por que havia saído da legenda que ajudou a construir, respondeu: “Lula é muito mais esperto do que vocês possam imaginar”. Como assim? Quis saber um dos entrevistadores. Respondeu o professor: “Lula é oportunista e não tem caráter. É forte?”, indagou. E fulminou: “Se ele não aceita o que digo, que me processe. Eu digo o mesmo”.
P.S.:A Samarco comunica que acaba de instalar aviso sonoro lá na mina do inferno. Esse povo ainda está solto? É mesmo o fim...
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