E a alta da moeda norte-americana já está sendo sentida pelos bufês, conforme o presidente do Sindicato dos Bufês de Belo Horizonte e Região Metropolitana (Sindbufê), João Teixeira Filho. O motivo o trigo utilizado no país, que é importado. “O problema não é de hoje. A farinha de trigo, que é um insumo básico, desde novembro do ano passado acumula alta de quase 9%. Só no primeiro bimestre deste ano, aumentou 5,5%”, diz. Ele observa cerca de 70% dos produtos oferecidos pelos bufês usam farinha de trigo.
“O problema é que não tem como substituir a farinha de trigo em todos os pratos em que ela é usada”, frisa. O dirigente ressalta que a farinha de trigo não é o único problema vivido pelo setor. “Existem várias pressões nos custos, entre eles, energia, aumento da carne de boi e dos hortifrutis”, diz.
Segundo ele, o cenário atual é nebuloso e os clientes estão com receio e demorando mais para fechar com as empresas. “Em março, até o momento, a demanda está menor em torno de 30% na comparação com a mesmo período de 2014”, analisa.
A diretora administrativa da padaria Vianney, Isabella Carneiro Santiago, diz que o impacto do dólar no preço do trigo se intensificou neste ano. De acordo com ela, em torno de 90% do que é produzido pela padaria, localizada no bairro Funcionários, tem como base a farinha de trigo. Isabella conta que sente que os clientes estão apreensivos e com receio do que pode acontecer no futuro.