A beleza da simplicidade tem um grande apelo na decoração. Minimalismo, liberdade, desapego e o cuidado com os elementos da natureza são alguns preceitos que podem ser atribuídos a um jeito de morar mais leve, que ajuda a descansar a mente e o corpo, sem estar cercado por uma overdose de informações pela casa.
Para a designer Daniela Aguiar, a ideia de viver com o mínimo necessário reflete funcionalidade e ajuda a “humanizar” a beleza de cada ambiente da casa. “Observe o espaço disponível, a circulação e identifique os itens que estão sem muita utilidade ou sobrando. Privilegie o uso e diminua a quantidade de mobílias, deixando somente o que for essencial e verdadeiramente importante”, explica.
Segundo ela, morar em um ambiente com o qual o morador se identifica e que, ao mesmo tempo, traduza o próprio estilo de vida é essencial para que ele se sinta bem. “O que vale é buscar uma identidade e transformar os ambientes de maneira bem simples pensando, primeiramente, nas sensações que envolvem os diferentes jeitos de morar”, ressalta a designer.
“Casa Natural”, o novo livro do escritor e arquiteto Carlos Solano, explora muito bem essa temática. Cada página da obra, dividida em dois volumes com receitas práticas, quitutes caseiros e terapias para casa, reflete o olhar apurado e inspirador do especialista, <CW-5>que domina a milenar técnica chinesa do feng shui. O autor também destaca a importância do fazer à mão, de criar, de reaproveitar e intervir em qualquer peça ou material, atitudes que hoje se transformam em algo bastante acessível e nem um pouco complicado de executar.
Para ele, toda morada tem seu estilo próprio e, dentro dela, é preciso saber enxergar o poder da simplicidade. “A casa deve permitir a expressão da individualidade, revelar o temperamento, o modo de viver, a luz interior de cada um. Por meio de objetos, móveis e cores, ela deve integrar qualidades humanas como sinceridade, verdade e graciosidade”, afirma. Para deixar a casa mais simples e gostosa de ficar, Solano sugere a presença da natureza e suas diversas tonalidades e o uso de materiais naturais, como madeira, cerâmica, barro e pedra. “São elegantes por sua simplicidade, desde que fossem fiéis à própria natureza, mostrando texturas e cores originais”.
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