O cartão-postal de Bonito tem nome e sobrenome: gruta do Lago Azul, que fica próximo a outros dois atrativos – a gruta de São Miguel e o abismo Anhumas – e pode ser alcançada por uma estrada de terra, entre fazendas de gado e plantações de milho.

Depois de uma aula no centro de visitação, embarca-se em uma trilha rústica em direção à gruta, que é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e cujo lago, com profundidade de 90 m, exibe um tom de azul intenso.

As regras de visitação no atrativo natural são claras: mãos livres de câmeras ou celulares, calçado adequado, capacete de segurança e a presença obrigatória de guia, que conduz um grupo de, no máximo,15 pessoas por vez.

Descer 289 degraus da gruta do Lago Azul exige disposição e fôlego. No caminho, o guia Alessandro de Oliveira explica a origem de árvores como bocaiúva e aroeira, essa última uma madeira rara e proibida de ser extraída pelo Ibama.

Na gruta, depois de descer um corrimão de cordas, com paradas estratégicas para fotografias, observa-se espeleotemas e estalactites em diversos tamanhos e formatos, alguns lembrando um elefante e até jacaré.

Mas é preciso muita imaginação para embarcar nas formações rochosas. Na base da escadaria, a tonalidade azulada surge bela e intensa.