Localizado a 35 quilômetros de Santarém, no oeste do Pará, o balneário de Alter do Chão fica à margem do rio Tapajós, afluente do suntuoso rio Amazonas, e já foi apontado pelo jornal inglês “The Guardian” como um dos dez lugares onde estão as praias mais bonitas de todo o Brasil.
De acordo com a Secretaria Municipal de Turismo, a pequena vila com pouco mais de 6.000 habitantes chega a lotar os seus quase 500 leitos disponíveis durante o verão amazônico (entre agosto e janeiro). Contudo, Alter do Chão ainda recebe poucos turistas no inverno (entre fevereiro e julho) quando as águas do Tapajós sobem, fazendo as praias e alguns quiosques desaparecerem e abrindo brechas para a descoberta de novos passeios nas florestas e igapós que cercam o lugar.
“Realmente a época em que temos mais visitas é entre julho e fevereiro. Os turistas já vêm com os roteiros, que são fechados em nossos pacotes com as operadoras de todo o mundo, para as principais atrações da vila”, relata o guia Idelfonso Taketomi, descendente de japonês nascido no Brasil e que já morou no país asiático, mas resolveu voltar para a Amazônia.
“Morei em cidade pequena na floresta quando eu era pequeno, fui para o Japão, onde também há uma cultura maravilhosa, mas acabei escolhendo Alter do Chão, porque foi um lugar onde encontrei a minha vocação e, claro, por toda essa natureza maravilhosa que me cerca todo santo dia”, completou o simpático Taketomi.
Dos residentes da vila, muitos são considerados descendentes dos índios Borari – já indicados pela Funai como extintos, mas que “ressurgiram” em Alter do Chão – e os demais vieram de regiões próximas, ou até de outros países, como Suíça e Alemanha, pensando em fixar residência ou abrir comércios no local.
“Eu moro aqui em Alter do Chão há uns quatro anos. Tenho umas lojas em Manaus e consigo viver aqui vendendo roupas. É um paraíso, tudo isso, seja com muito ou pouco turista. Não penso em ir embora; pelo menos não nos próximos anos”, conta.
Cada vez mais a pequena vila vem encantando a todos que a visitam devido às suas belas paisagens, mas também como resultado de sua crescente infra-estrutura construída ou exigida pelo gentil e receptivo povo local.
Crescimento
Segundo a Secretaria Municipal de Turismo, de 2009 para 2013 houve um acréscimo de quase 300 leitos na vila com a chegada de novos empreendimentos. E os próprios comerciantes e donos de hotéis do pequeno balneário garantem: quem pisar em Alter do Chão não irá se decepcionar.
Alegria
Além dos encantos ecológicos, Alter do Chão aposta em suas festividades anuais para seduzir um número ainda maior de turistas. Duas grandes festas já figuram no calendário da vila paraense, e o povo local promete muita alegria para garantir a satisfação do visitante e a continuação da cultura local.
O Carnaval dos Sujos acontece durante a segunda quinzena de fevereiro, no início do inverno amazônico, e é animado por trios elétricos nas pequenas ruas do município. Os foliões ficam abastecidos de trigo e maisena para espalhar a sujeira no inusitado Carnaval da vila.
Animação
A maior festa do balneário acontece no mês de setembro. O Sairé é realizado em plena “seca” amazônica, ou seja, com o lugar apinhado de turistas sedentos por novidades e por experimentar a cultura local.
Além de danças típicas e outras manifestações que duram uma semana, o Sairé tem como ponto alto o duelo entre os botos-cor-de-rosa e tucuxi, com grupos de danças folclóricas da região e alegorias cada ano mais exuberantes.
Quem leva
Operadora: Viagens Master
Informações: (31) 3505-3650
Pacote: Roteiro Borari, com quatro noites em Belém e três em Alter do Chão, com transporte aéreo BH-Belém-Santarém-BH, Santarém-Alter do Chão- Santarém, city tour por Belém e Vila Icoaraci, café da manhã e seguro viagem.
Preços:a partir de R$ 1740, em apto triplo.
Saídas: de segunda a quinta-feira.