Após chuvas no RS

Governo prepara MP para importação de 1 mi de toneladas de arroz

Segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, o objetivo inicial é evitar o desabastecimento

Por Gabriela Oliva
Publicado em 07 de maio de 2024 | 17:43
 
 
 
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BRASÍLIA. O governo federal pretende apresentar, nesta terça-feira (7), uma medida provisória (MP) para autorizar a importação de um milhão de toneladas de arroz, em resposta às enchentes que afetaram a produção local no Rio Grande do Sul. Ao longo da última semana, o Estado tem enfrentado fortes temporais que atingiram mais da metade das cidades gaúchas.

"Está sendo preparada uma MP que autoriza a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a adquirir cerca de 1 milhão de toneladas de arroz", afirmou o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro. O ministro também destacou que "o objetivo inicial é evitar o desabastecimento e impedir especulações devido à falta de infraestrutura logística". 

Conforme mencionado por Fávaro, a escolha de importação, neste momento, não deverá ter um impacto no preço do arroz. “Se formos rápidos na importação, mantemos a estabilidade, pois o arroz já está descascado e empacotado. Depois, como comercializar isso? Venda no balcão nas regiões Nordeste, Norte e algumas do Sudeste, além da periferia das cidades, para os pequenos compradores, como os mercadinhos. Assim, evitamos afetar a relação entre o produtor e os atacadistas”, avaliou. 

Segundo o ministro, a medida deve ser apresentada após o Senado aprovar o decreto legislativo do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que reconhece o estado de calamidade pública para atendimento às cidades atingidas pelas inundações no Rio Grande do Sul. A votação está prevista para esta terça-feira (7).

O Rio Grande do Sul é responsável por 68% da produção nacional de arroz e é o segundo maior produtor de soja do país.

Lula falou sobre o tema nesta terça-feira (7)

Nesta terça-feira (7), o presidente Lula abordou o tema, destacando que o governo federal poderia precisar importar arroz e feijão devido ao atraso na colheita da safra no Estado. Segundo ele, essa medida poderia ser necessária para equilibrar a produção do agronegócio e controlar o aumento nos preços dos alimentos. Suas declarações foram feitas durante o programa "Bom dia, presidente" da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

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