O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se mostrou otimista nesta terça-feira (23) ao comentar sobre as eleições na Venezuela, mesmo diante dos indícios de restrições contra a opositores que fazem frente ao regime de Nicolás Maduro.
O petista disse também que o Brasil acompanhará de perto o pleito no país vizinho, caso o governo brasileiro seja convidado para ser um dos observadores internacionais.
Lula falou ainda que torce para que a Venezuela “volte à normalidade” após o pleito. A eleição está agendada para o dia 28 de julho, mesma data de aniversário do ex-presidente daquele país, Hugo Chávez (1954-2013), que ficou por 14 anos no poder. Maduro lidera um regime autocrático que viola as liberdades fundamentais e mantém presos por motivos políticos.
“Está acontecendo uma coisa extraordinária, a oposição toda se reuniu, a oposição está lançando um candidato único. Vai ter eleições. Eu acho que vai ter acompanhamento internacional sobre as eleições, há interesse de muita gente em querer acompanhar, e se o Brasil for convidado, o Brasil participará do acompanhamento das eleições na perspectiva de que, quando terminar esse pleito, as pessoas voltem à normalidade, ou seja, quem ganhou toma posse e governa, quem perdeu se prepara para outras eleições”, declarou.
A declaração de Lula aconteceu durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, em Brasília. O jornal O TEMPO foi convidado. O petista voltou culpar a situação econômica da Venezuela pelo embargo imposto pelos Estados Unidos. “Eu fico torcendo para que a Venezuela volte à normalidade, para que os Estados Unidos tirem as sanções e a Venezuela possa voltar a receber de volta o povo que está deixando a Venezuela pela situação econômica".
Na última sexta-feira (19), a oposição da Venezuela confirmou nome do diplomata Edmundo González Urrutia, de 74 anos, como representante da líder inabilitada María Corina Machado nas eleições. o nome
A oposição ao regime de Maduro inscreveu, de forma majoritária, o nome de González Urrutia como candidato à presidência. O lançamento da candidatura dele ocorre após a oposição denunciar que houve um bloqueio ao sistema de candidaturas, que impediu a inscrição da acadêmica Corina Yoris, primeira opção de María Corina para representá-la.
Corina Yoris não conseguiu registrar de forma eletrônica, porque o sistema eleitoral estava fora do ar. Ao tentar se inscrever de forma presencial, ela também foi impedida por causa de um bloqueio militar.
(em atualização)