1º de Maio

Lula participa de ato do Dia do Trabalhador com centrais sindicais, em São Paulo

No discurso, petista deve exaltar dados positivos do governo federal, mas não deve fazer novos anúncios

Por Manuel Marçal
Publicado em 01 de maio de 2024 | 11:59
 
 
 
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa, na tarde desta quarta-feira, 1º de maio, de ato organizado pelas centrais sindicais em celebração ao Dia do Trabalhador, em São Paulo.  O evento ocorrerá no estacionamento da Neo Química Arena, popularmente conhecido como “Itaquerão” ou estádio do Corinthians, na capital paulista.  

O petista deixou Brasília em voo da Força Aérea Brasileira às 9h e chegou em São Paulo pouco depois das 10h.

"Neste Dia do Trabalhador e da Trabalhadora estou indo para São Paulo participar do ato unificado do 1º de Maio. O Brasil voltou a gerar empregos e ter um governo que respeita, valoriza e dialoga com os trabalhadores. Um abraço aos trabalhadores e as trabalhadoras do nosso país", escreveu o petista pela rede social X (antigo Twitter).

Por volta das 11h10, Lula visitou o gramado do estádio de futebol ao lado de jogadores históricos do Corinthians, o time de coração dele. Na sequência, ele recebeu uma camisa da equipe com o número 13. O petista estava acompanhado de ministros do governo e foi recebido em campo pelo presidente do Corinthians, Augusto Melo, e pelos ex-jogadores Basílio, Edimilson e Zé Maria.

Participam do ato “1º de Maio Unificado” as seguintes entidades sindicais:  

  • Central Única dos Trabalhadores (CUT); 
  • Força Sindical; 
  • União Geral dos Trabalhadores (UGT); 
  • Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB); 
  • Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST); 
  • Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB); e 
  • Intersindical Central da Classe Trabalhadora e Pública. 

O que Lula deve falar no ato do 1º de maio de 2024? 

Diferentemente de 2023, quando houve anúncios efetivos sobre política de valorização salarial, para este ano o petista deve destacar dados positivos do governo federal.  Lula sobe ao palco das centrais sindicais em meio a série de greves dos servidores públicos federais pelo país por reivindicação de aumento salarial.  

O petista ainda enfrenta o desafio de furar a bolha para tentar se aproximar da categoria de profissionais que trabalham em plataformas de entrega de mercadorias e transporte de passageiros.  

Dessa forma, seguindo o mote da campanha do governo federal “Fé no Brasil”, o petista vai exaltar conquistas da sua gestão para reiterar a sua base de apoio que o país “está no rumo certo”. 

O governo Lula vem registrando queda de popularidade nas pesquisas de opinião pública e, na avaliação de interlocutores do governo, a população não tem sentido, no dia a dia, queda da inflação e nem os vários programas e políticas públicas retomados. 

Sendo assim, ele deve falar sobre os números de geração de emprego registrados no primeiro trimestre deste ano e destacar a política de valorização do salário-mínimo. Lula deve falar ainda sobre a Lei da Igualdade Salarial para homens e mulheres, aprovado no ano passado.  

O chefe do Executivo federal deve citar ainda a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até dois salários-mínimos e reafirmar o compromisso de ampliar o leque do benefício até 2026 para quem ganha até R$ 5 mil.  

Assim como fez o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, em pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão no dia 30, às vésperas do 1º de maio, o presidente Lula deve destacar ainda ampliação de exportações para o mercado exterior, bem como retomada de programas e obras, a exemplo do PAC e do Minha Casa, Minha Vida.  

Apoio a Guilherme Boulos

Existe a expectativa de Lula subir ao palco ao lado do pré-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSOL, Guilherme Boulos, e fazer elogios ao apadrinhado. O petista deve usar o evento para endossar o nome de Boulos para a corrida eleitoral deste ano.

O PT apoia a candidatura do psolista e tem Marta Suplicy (PT) como vice na chapa com o deputado federal. Mais cedo, Guilherme Boulos acompanhou Lula na visita ao gramado do Itaquerão. 

Quais ministros acompanham Lula no ato do dia 1º de maio de 2024?  

O presidente Lula chega ao ato unificado das centrais sindicais acompanhado de uma comitiva de ministros do governo federal. Além do vice-presidente e ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin, estão para o evento em São Paulo os seguintes auxiliares do primeiro escalão: André Fufuca (Esporte); Anielle Franco (Igualdade Racial); Alexandre Padilha (Relações Institucionais); Cida Gonçalves (Mulheres); Silvio Almeida (Direitos Humanos); Márcio Macedo (Secretaria-Geral da Presidência); Luiz Marinho (Trabalho e Emprego); e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário).  

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