O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa, na tarde desta quarta-feira, 1º de maio, de ato organizado pelas centrais sindicais em celebração ao Dia do Trabalhador, em São Paulo. O evento ocorrerá no estacionamento da Neo Química Arena, popularmente conhecido como “Itaquerão” ou estádio do Corinthians, na capital paulista.
O petista deixou Brasília em voo da Força Aérea Brasileira às 9h e chegou em São Paulo pouco depois das 10h.
"Neste Dia do Trabalhador e da Trabalhadora estou indo para São Paulo participar do ato unificado do 1º de Maio. O Brasil voltou a gerar empregos e ter um governo que respeita, valoriza e dialoga com os trabalhadores. Um abraço aos trabalhadores e as trabalhadoras do nosso país", escreveu o petista pela rede social X (antigo Twitter).
Conversei por telefone com o governador gaúcho, @EduardoLeite_, e coloquei o governo federal à disposição do Rio Grande do Sul que novamente sofre com as fortes chuvas. Falei com os ministérios da Integração, da Defesa e com o ministro @Pimenta13Br e, no que for necessário,…
— Lula (@LulaOficial) April 30, 2024
Por volta das 11h10, Lula visitou o gramado do estádio de futebol ao lado de jogadores históricos do Corinthians, o time de coração dele. Na sequência, ele recebeu uma camisa da equipe com o número 13. O petista estava acompanhado de ministros do governo e foi recebido em campo pelo presidente do Corinthians, Augusto Melo, e pelos ex-jogadores Basílio, Edimilson e Zé Maria.
Diferentemente de 2023, quando houve anúncios efetivos sobre política de valorização salarial, para este ano o petista deve destacar dados positivos do governo federal. Lula sobe ao palco das centrais sindicais em meio a série de greves dos servidores públicos federais pelo país por reivindicação de aumento salarial.
O petista ainda enfrenta o desafio de furar a bolha para tentar se aproximar da categoria de profissionais que trabalham em plataformas de entrega de mercadorias e transporte de passageiros.
Dessa forma, seguindo o mote da campanha do governo federal “Fé no Brasil”, o petista vai exaltar conquistas da sua gestão para reiterar a sua base de apoio que o país “está no rumo certo”.
O governo Lula vem registrando queda de popularidade nas pesquisas de opinião pública e, na avaliação de interlocutores do governo, a população não tem sentido, no dia a dia, queda da inflação e nem os vários programas e políticas públicas retomados.
Sendo assim, ele deve falar sobre os números de geração de emprego registrados no primeiro trimestre deste ano e destacar a política de valorização do salário-mínimo. Lula deve falar ainda sobre a Lei da Igualdade Salarial para homens e mulheres, aprovado no ano passado.
O chefe do Executivo federal deve citar ainda a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até dois salários-mínimos e reafirmar o compromisso de ampliar o leque do benefício até 2026 para quem ganha até R$ 5 mil.
Assim como fez o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, em pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão no dia 30, às vésperas do 1º de maio, o presidente Lula deve destacar ainda ampliação de exportações para o mercado exterior, bem como retomada de programas e obras, a exemplo do PAC e do Minha Casa, Minha Vida.
Existe a expectativa de Lula subir ao palco ao lado do pré-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSOL, Guilherme Boulos, e fazer elogios ao apadrinhado. O petista deve usar o evento para endossar o nome de Boulos para a corrida eleitoral deste ano.
O PT apoia a candidatura do psolista e tem Marta Suplicy (PT) como vice na chapa com o deputado federal. Mais cedo, Guilherme Boulos acompanhou Lula na visita ao gramado do Itaquerão.
O presidente Lula chega ao ato unificado das centrais sindicais acompanhado de uma comitiva de ministros do governo federal. Além do vice-presidente e ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin, estão para o evento em São Paulo os seguintes auxiliares do primeiro escalão: André Fufuca (Esporte); Anielle Franco (Igualdade Racial); Alexandre Padilha (Relações Institucionais); Cida Gonçalves (Mulheres); Silvio Almeida (Direitos Humanos); Márcio Macedo (Secretaria-Geral da Presidência); Luiz Marinho (Trabalho e Emprego); e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário).