Datafolha versus Vox
No domingo, poucas horas após o Datafolha divulgar que Lula “perdeu força” e caiu a 31% no voto estimulado após a prisão, sites de esquerda já começaram a vazar dados “preliminares” do Vox Populi que mostram o petista em crescimento e vencendo no 1º turno. Contratado pelo PT, o Vox deve liberar sua pesquisa hoje conforme o registro no TSE. Se confirmados os números publicados informalmente, a diferença dos índices de Lula nos levantamentos chegaria a 20 pontos. É um disparate que eleva a guerra das pesquisas a novo nível. Divergências entre institutos sempre existiram. Mas, agora, dois dos maiores estão se chocando com versões totalmente opostas, que se contradizem e se excluem: se um está certo, o outro está errado. Pelo visto, a divisão política no país chegou às sondagens eleitorais.
Cabo de guerra
Os supostos dados do novo Vox Populi, embora surpreendam pelo exagero dos índices atribuídos a Lula (mais de 40% no voto espontâneo), guardam coerência com consultas trekking feitas por um terceiro instituto nacional no fim de semana da prisão de Lula. Ou seja, há mais levantamentos na linha do Vox. O que não significa que a versão Datafolha seja errada, pois também ela deverá ser corroborada por outros institutos. O cabo de guerra em torno das pesquisas só está começando.
Verdade nas urnas
É arraigada nos meios políticos a convicção de que as pesquisas exercem forte efeito na campanha, elevando ou derrubando o ânimo de apoiadores ao revelar a posição do candidato e suas chances eleitorais. A gestão desse tipo de informação é estratégica. Daí as pesquisas serem vulneráveis à manipulação. Provavelmente, só saberemos com segurança quem está certo depois da única apuração ainda confiável: a dos votos nas urnas
Barreira interna
Os membros do PSB mineiro, a começar pelo presidente do diretório, João Marcos Grossi, não querem saber de acordo com o PSDB no primeiro turno. Prometem insistir na candidatura de Lacerda ao governo e fazer oposição a um eventual convite para integrar a chapa tucana. Anastasia está tentando atrair o ex-prefeito para uma vaga de senador na sua chapa.
Francisco Veloso (presidente ABTG), Aparecida Stucchi (também ABTG) e Rodrigo Faria (diretor da Esdeva) no maior evento da indústria gráfica: a ExpoPrint 2018.
Plano furado
Os senadores Romero Jucá e Eunício de Oliveira tentaram dar força à ideia de palanque próprio do MDB em Minas, com o lançamento de Adalclever Lopes ao governo estadual. O plano, porém, esbarrou na resistência dos deputados do partido, que seguem preferindo a aliança com o PT.
Papeis invertidos
Os deputados emedebistas estão preocupados com suas reeleições. Temem não obtê-las se não fecharem coligação proporcional com o PT como em 2014. Graças ao lulismo, a marca petista continua a mais forte no sistema partidário, liderando o voto de legenda nas pesquisas. O MDB quer carona nessa onda. O curioso é que até outro dia o governador Pimentel e o PT eram dependentes o MDB. Agora, parece que os papeis na relação estão se invertendo, com os emedebistas nas mãos do aliado.
Longo processo
Todos os prognósticos são de que a denúncia da PGR contra Aécio no caso JBS será aceita hoje pela Primeira Turma do STF com o voto de pelo menos três dos cinco ministros do grupo. Todavia, quem torce pela condenação e prisão do senador tucano deve esperar sentado. Entre virar réu e ser julgado vai um longo processo com oitivas, apurações, recursos etc. Mesmo se descer para a 1ª instância o caso pode durar anos (o de Eduardo Azeredo ainda não acabou depois de uma década). Se ficar no Supremo, impossível prever quando terminará – se terminar.
Caindo no papo
Um dos principais beneficiários dos votos lulistas, Ciro Gomes aproveitou vinda ontem a Minas para se reunir com o principal governador do PT e se aproximar do partido. Conversaram longamente. Não se sabe o conteúdo, mas o papo deve ter sido muito agradável já que o presidenciável do PDT era só simpatia e sorriso ao deixar o gabinete de Pimentel.