Ex-XP faz balanço sobre SAF do Cruzeiro e afirma que aconselhou Ronaldo a vender

Presente na Toca da Raposa II nessa segunda-feira (29/4), dia em que foi oficializada a venda da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Cruzeiro de Ronaldo Nazário para Pedro Lourenço, Pedro Mesquita fez um balanço sobre a gestão de Fenômeno no clube, além de explanar uma revelação. Ex-head de investimentos do Banco XP, o mineiro de Três Pontas foi uma das pessoas que estiveram à frente das negociações para a aquisição de 90% das ações junto à associação, lá em dezembro de 2021.

Segundo Mesquita, ele aconselhou Ronaldo a vender a sua participação no Cruzeiro para o empresário – e um dos motivos seria a dificuldade em realizar os aportes. "Neste momento, acredito que a melhor decisão para a instituição é a mudança de controle. Foi esse o meu conselho para o próprio Ronaldo. O clube se encontra muito organizado e apenas um quesito nos impede de acelerar o processo: investimento", disse.

Para Mesquita, o Cruzeiro estará em boas mãos. "Acredito que o Pedro Lourenço reúne todas as condições de conduzir o clube a partir deste momento. Um grande cruzeirense e que tem uma capacidade de investimento que até agora não tivemos. Todo sucesso do mundo ao Pedrinho", completou o profissional, que até então atuava como uma espécie de conselheiro financeiro da Raposa.

Balanço

Pedro Mesquita, que deixou a XP no ano passado para abrir uma empresa, também do ramo de investimentos, Ronaldo Fenômeno e sua equipe de gestão realizaram um excelente trabalho, dentro das condições, especialmente financeiras. "Hoje temos um clube muito estruturado, com diretores competentes e um conselho consultivo com profissionais gabaritados. Dá orgulho de ver o nosso amado clube funcionar nos mais altos padrões de governança, coisa que não se vê neste meio", falou.

"Hoje, montar um time competitivo na série A demanda muito investimento. O Cruzeiro trabalhou no limite de caixa nesses últimos anos, honrou todos os compromissos financeiros atuais e também honrou o maldito legado das dívidas do passado, que ainda nos assombram. Se analisarmos o trabalho feito na reestruturação do departamento de futebol, da categoria de base, do futebol feminino, é inegável que estamos em outro patamar", concluiu.

 

 

 

 

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