Brasília. O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, deixou claro ontem, que não pretende explorar na campanha a goleada por 7 a 1 que o Brasil sofreu para a Alemanha, na semifinal da Copa da Fifa 2014. “Nossa proposta foi, é e sempre será trabalhar a favor do Brasil. Queremos sempre que as coisas no Brasil deem certo. Essa tem sido nossa atitude e continuará sendo”, disse o socialista.
Campos diz entender que o vexame vivido pelo Brasil no Mineirão deve ser tratado como um tabu, porque nada rende em termos de votos. Pelo contrário, insistir nele pode é aumentar a irritação do eleitor.
Por causa da derrota sofrida pelo Brasil, o ex-governador cancelou a visita que faria a Fortaleza ontem, para dar prosseguimento à campanha. Ele avaliou que o eleitor não entenderia direito a atitude de um candidato pedindo votos no dia seguinte à comoção nacional causada pela derrota.
Antes da goleada, a campanha de Eduardo Campos já havia traçado algumas estratégias para o caso de a presidente Dilma Rousseff tentar ganhar o eleitor com a boa receptividade do torneio pelo público, conforme apontam as pesquisas. A estratégia está mantida, mas só virá à tona se o tema Copa for colocado em pauta.
A ideia é dizer que as denúncias de corrupção envolvendo a construção dos estádios não deveria ser esquecida, apesar do sucesso da Copa. Os empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social para a construção dos estádios deverão ser lembrados, mas sempre em relação à suspeita de irregularidades.