Onda anti-Bolsonaro
Pesquisas qualitativas recentes captaram uma forte rejeição a Bolsonaro por suas ideias em relação às mulheres e aos homossexuais. A reação negativa nos grupos pesquisados foi tanta que levou um analista ligado ao instituto a prever uma desidratação acentuada do candidato. Segundo o analista, as posições machistas e homofóbicas do presidenciável do PSL tendem a derrubá-lo e inviabilizá-lo eleitoralmente. Em resumo: de acordo com a pesquisa, o voto feminino e LGBT pode tirar Bolsonaro do segundo turno.
Falou demais
Todos os presidenciáveis, no mundo inteiro, são sempre aconselhados por assessores e marqueteiros a evitar ou só abordar com extrema cautela as questões de ordem pessoal como a sexualidade. E naturalmente a tratar bem as mulheres, que são 52% do eleitorado. Bolsonaro não só quebrou a regra de ouro, com declarações hostis aos dois públicos, como ainda o fez com deboche, orgulhando-se delas. Pelo manual do marketing, o candidato errou feio na fala. O problema é que não dá para desfazer as declarações infelizes com a sua voz. Uma vez dito e registrado, jamais será esquecido.
Homem das cavernas
As pesquisas quantitativas já haviam apontado dificuldades para Bolsonaro no eleitorado feminino. No último Datafolha, ele teve apenas 12% entre as mulheres contra 27% entre os homens: média de 2,5 votos masculinos por um feminino. As novas qualitativas mostram agora que o quadro pode ser muito pior para o candidato: a imagem que vai se formando dele na cabeça das mulheres é a de um homem das cavernas, retrógrado e antifeminista.
Caso de divórcio
A percepção de Bolsonaro como um candidato antimulher ameaça lhe tirar votos inclusive de homens, ao criar constrangimento para os eleitores que vivem rodeados por mulheres. Como defender diante das companheiras em casa ou parceiras no trabalho o apoio a um presidenciável que se notabiliza por desvalorizar as mulheres? Para exercício, a coluna indagou a eleitoras como reagiriam se os maridos optassem por Bolsonaro. As respostas foram do tipo “eu separo” e “eu mato”. Para o grosso do mulherio normal, tolerar o bolsonarismo significa aceitar um conjunto de valores que destroem e anulam a autoestima feminina. “É caso de divórcio”, disse uma delas.
Todos somos LGBT
A fama de homofóbico é outra pedra no caminho de Bolsonaro. O discurso hostil aos homossexuais soa como uma ameaça não apenas para o terço estimado da população que não se enquadra no padrão heterossexual convencional, como também para seus familiares, colegas ou amigos - enfim, todos aqueles que os amam. E quem não tem um gay na família para proteger? As pesquisas têm apontado que, diferente do deputado, a maioria no país é tolerante ao grupo LGBT – até mesmo no intuito de poupar os entes queridos.
No Mineirão
Dinho Ouro Preto comandou show na esplanada do estádio e alegrou torcedores após empate frustrante entre Brasil e Suécia, no jogo de estreia da seleção verde e amarela
Visita ao lar
Quem circulou nos últimos dias por Belo Horizonte, ao volante de uma bela Ferrari, foi o atacante Bernard, ex-Atlético e atualmente no Shakhtar da Ucrânia. Em breve o seu contrato com o clube ucraniano terminará, e ele estará livre, leve e solto para vestir a camisa de outro time. Sua passagem pela capital passou despercebida. Talvez, por não ser incomum: o jogador costuma dar as caras na cidade e conferir o seu apartamento no Belvedere.
Galo no coração
Ainda não se especula sobre negociações envolvendo o jogador, mas há quem diga que o seu desejo seria retornar a BH e ao Galo. Bernard surgiu nas categorias de base do Atlético e integrou o time atleticano que conquistou a Libertadores em 2013. Tem laços com o clube e sua torcida.
Deixa pra lá
Um capítulo na carreira de Bernard que ele deve querer tirar da memória é a sua participação na Copa de 2014. Ele integrou a seleção de Felipão no célebre jogo do 7 a 1 para a Alemanha; o garoto substituiu Neymar, que estava machucado e por isso escapou da vergonha.