Vivo-morto
O pedido de impeachment de Pimentel segue tramitando burocraticamente na ALMG, agora segundo um rito aprovado esta semana, mas do ponto de vista político já parece um moribundo. Em tese vivo, na prátia morto. O assunto não empolgou a oposição ao governador, não mobilizou a imprensa e redes sociais. Hoje, não está pautando nem mesmo as rodas de conversas políticas, ignorado como se não existisse. O impeachment não pegou.
Deixa pra lá
A decisão de acatar o pedido de impeachment, tomada pelo presidente da ALMG, Adalclever Lopes, sem consultar colegas, colocou os governistas numa saia justíssima. Os deputados que vêm apoiando Pimentel desde o início não querem se afastar do governo e deixar posições de poder na máquina do Estado logo agora, às portas da eleição. Por outro lado, eles nutrem laços de amizade e solidariedade com Adalclever. Daí o pedido ser visto na casa como uma pauta incômoda ou inconveniente, que não deveria mesmo ter existido. E se torce para ser esquecido.
Não vale a pena
A oposição liderada pelo PSDB não embarcou na onda de Adalclever. De fato não mostrou um mínimo entusiasmo. O impeachment não pegou entre tucanos e sesu aliados por várias razões. Não foi um ato bem articulado e combinado e sim, ao que parece, um gesto voluntarioso e isolado. Também foram avaliados os riscos para a candidatura Anastasia de um movimento que, perto das urnas, poderia ser interpretado como tentativa de ganhar o poder no tapetão. E os tucanos estão crentes de que podem vencer no voto.
Sem clima
Com tanta resistência, está explicado o pouco crédito dado ao pedido de impeachment de Pimentel. Nenhuma fonte arrisca o palpite de que o pedido irá prosperar ao ponto de ameaçar o mandato do governador. A expectativa nos bastidores é que o assunto continuará morrendo até se extinguir por completo. Talvez nem haja uma votação. Mas, se for a voto, é consensual a avaliação, na situação e na oposição, de que o impeachment não passaria no clima de hoje. Quanto a amanhã, bem, amanhã veremos.
Industriais do ano
O novo Industrial do Ano é Otávio Viegas, fundador da VMI Tecnologias, empresa que investiu R$ 25 milhões em uma nova fábrica em Lagoa Santa, a maior do segmento de raios X médicos da América Latina e responsável por inovações como o primeiro mamógrafo digital de alta definição projetado e fabricado no Brasil. Viegas receberá o titulo da Fiemg nesta quinta-feira, 24. Junto serão homenageado outros 15 industriais mineiros, entre eles Arnaldo Dias de Andrade, do ramo de engenharia e vice-prefeito de Viçosa além de irmão do deputado Roberto Andrade (PSB).
Super palanque
Mesmo com a perda do MDB, a campanha de reeleição de Pimentel pode ter o apoio de uma grande coligação, com sete ou mais partidos, garantindo um dos maiores tempos de TV à propaganda governista. Além de PCdoB e Pros, já tidos como certos no palanque oficial, o PT negocia no estado a adesão do PR, do PDT e do Podemos e ainda mantém tratativas nacionais com o PSB. Alguns nanicos também podem aderir.
Imagem postada no Facebook pelo governador Pimentel, que aparece feliz no centro cercado por populares; a foto foi tirada durante evento nesta semana em Uberlândia.
Pé no freio
Construtores observam que o mercado imobiliário parou novamente, nas últimas semanas, após ensaiar uma retomada no primeiro trimestre. A freada não chega a surpreender no quadro atual: as decisões de compras dos bens de raiz ou de alto valor são as mais afetadas pelo aumento da turbulência e incerteza na economia.
Anti-ostentação
Quem esperava luxo e glamour à altura do prestígio e fortuna da família real inglesa teve uma grande decepção com o casamento de Harry e Megan. A edição da cobertura autorizada só transmitiu imagens que remetem à simplicidade e austeridade, a começar pela veste monástica da noiva. Se o evento passou alguma mensagem ao mundo é a de que a realeza hoje rejeita a ostentação, para ela um sinônimo não de poder e sim de vulgaridade.