A maioria dos adolescentes de Belo Horizonte (79%) considerava os políticos pouco confiáveis. Essa era a constatação de pesquisa DATATEMPO realizada em setembro de 1997. A sondagem mostrava que as demais instituições mais rejeitadas eram a Polícia Militar (42%) e a Justiça (37%). Na outra ponta, os adolescentes de BH confiavam mais na Igreja Católica (49%), nos médicos (46%) e nos professores (35%).
A geração nascida nos anos 1980 considerava como piores problemas do Brasil, nesta ordem, a fome, a corrupção e a violência, e a maioria (56%) achava que a situação iria melhorar.
A pesquisa DATATEMPO também mostrava que quase metade dos adolescentes (48%) elegia, na época, bares e boates como diversão predileta, e 52,5% bebiam pelo menos uma vez por semana. Na vida sexual, 59% dos adolescentes tinham a primeira relação antes dos 16 anos, e 85% dos sexualmente ativos afirmavam usar preservativo.
Em entrevista, o jornalista, professor e escritor Alberto Dines, fundador do Observatório da Imprensa, fazia críticas ao exercício da profissão: “Vejo gente escrevendo sobre política que não sabe nada do que aconteceu há dez anos”.