O governo de Minas marcava para 7 de agosto o leilão do Credireal, que teve lance mínimo estabelecido em R$ 130,8 milhões – 30% a mais do que seu valor patrimonial. O banco estava saneado e com caixa de R$ 450 milhões. O dinheiro da venda seria usado para quitar a dívida mobiliária do Estado. No anúncio do edital de venda, o presidente do banco afirmava que “moedas podres”, como títulos de privatização, não seriam aceitas.
Num encontro de caciques da velha política mineira, Newton Cardoso (PMDB) oferecia seu partido para que o ex-presidente Itamar Franco se filiasse. Havia uma expectativa de que Itamar poderia ser candidato à Presidência, concorrendo com Fernando Henrique, que disputaria a reeleição. Os dois mineiros se reuniram nos EUA.
No dia seguinte à tragédia, peritos do Instituto de Criminalística de São Paulo e da Polícia Federal suspeitavam que uma bomba química fora responsável pela explosão do Fokker-100 da Tam. Entre as substâncias possíveis de terem sido utilizadas estavam C4 e C6, empregados em artefatos bélicos e em demolição. Não foram encontrados vestígios de pólvora nem houve combustão, o que sustentava a teoria dos peritos.