Há 25 anos

Morre Betinho, o maior símbolo do combate à fome que o país já teve

Veja o que foi notícia na capa do jornal O TEMPO no dia 11/8/1997

Por Isis Mota
Publicado em 11 de agosto de 2022 | 05:00
 
 
 
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Em julho de 2022, a Organização das Nações Unidas declarou que o Brasil estava de volta ao Mapa da Fome. Um país chega a essa posição quando mais de 2,5% da população enfrentam falta crônica de alimentos. No Brasil, a fome crônica atingiu 4,1%, situação que jamais seria tolerada pelo sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, que repetia: “Quem tem fome tem pressa”.

Em agosto de 1997, o país chorava sua morte, aos 61 anos. Mineiro de Bocaiuva, intelectual e ativista dos direitos humanos, viveu no exílio de 1971 a 1979. Era ele “o irmão do Henfil” que o Brasil sonhava ter de volta, eternizado na música “O Bêbado e a Equilibrista”, de João Bosco e Aldir Blanc, gravada por Elis Regina. Ao retornar ao país, tornou-se um dos maiores ativistas no combate à fome que assolava 32 milhões de pessoas. 

Betinho era hemofílico, assim como eram sua mãe e seus dois irmãos. Essa condição o obrigava a passar por transfusões de sangue. Foi numa delas que ele contraiu o HIV. Ele morreu bastante debilitado pela Aids, em consequência de hepatite. Então presidente, Fernando Henrique Cardoso afirmou que o Brasil perdia um de seus maiores símbolos.

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