Em julho de 1997, o funcionalismo público de Minas tomava um susto. Então secretário de Planejamento, Luiz Noronha revelava que o salário só estava garantido até agosto. A partir de setembro ou outubro, dizia, seria preciso crédito suplementar na dotação orçamentária do governo, em função do pagamento da folha e do 13º. Orientação era cortar gastos “ao máximo”, porém não havia garantias.
Conselheiro Lafaiete enterrava os mortos pela queda de avião sobre uma praça na cidade. Investigações revelavam que o piloto do monomotor que matou oito pessoas estava com o brevê vencido. Ele sobreviveu à queda, foi socorrido, mas fugiu da ambulância no dia do acidente. Moradores se diziam revoltados com “a irresponsabilidade do piloto”.
Em Belo Horizonte acontecia uma caçada: 50 policiais estavam nas ruas tentando capturar 32 presos que haviam fugido da Delegacia de Furtos e Roubos, no Barro Preto.
O Exército, que semanas antes havia assumido temporariamente o policiamento de Belo Horizonte por causa da rebelião da PM, ocupava Maceió. O prédio do Tribunal de Justiça havia sido atacado com tiros e coquetéis-molotovs. A polícia local não fizera nenhuma prisão no fim de semana.