Internacional

Com embarque próximo para o Brasil

Kia Rio desembarca na Argentina e tem estreia nacional prevista para o segundo semestre; hatch usa mesmo motor 1.6 do Hyundai HB20


Publicado em 02 de maio de 2018 | 03:00
 
 
 
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Produzido no México, o Kia Rio já chegou à Argentina, e a expectativa é que chegue às lojas brasileiras da marca coreana a partir do segundo semestre deste ano. Em sua quarta geração, apresentada no Salão de Paris em 2016, o hatch até já foi flagrado no território brasileiro – inclusive em sessão de fotos para divulgação, na cidade do Rio de Janeiro, pela equipe da Auto Press. Neste momento, a chegada do Rio é providencial, pois ele só consegue brigar entre compactos mais sofisticados – e mais caros. Esse é um subsegmento que tem se mostrado promissor. É o mesmo caso das versões superiores de Fiat Argo e Hyundai HB20, além de Ford Fiesta e Volkswagen Polo, que atuam na faixa de preço mais alta entre os modelos compactos.

A quarta geração do Kia Rio tem uma frente agressiva, mas que destaca um capô quase plano, com os volumes do modelo bem enfatizados. Para-choque, faróis e grade são novos. O resto da silhueta é destacado pelo uso de linhas retas e um espesso pilar traseiro, que até transmite uma imagem mais alinhada com a ideia de solidez dos modelos alemães do que com o dinamismo característico dos carros coreanos.

Motor de HB20

Para essa nova geração, o Kia Rio usa um motor 1.6 16V de quatro cilindros, que oferece, no modelo vendido no México, 123 cv e torque máximo de 15,4 kgfm disponíveis em 4.850 rpm. Na prática, trata-se do trem de força 1.6 disponível no Hyundai HB20 no Brasil, carro com o qual o Rio compartilha alguns elementos da plataforma. No mercado brasileiro, esse propulsor é flex, chega aos 128 cv e 16,5 kgfm de potência e torque máximos, com transmissão manual ou automática de seis velocidades, mesmas opções de câmbio do modelo vendido no México.

As medidas são superiores às do Hyundai HB20. São 4,06 m de comprimento, 14 cm a mais que o modelo já vendido no Brasil. A largura também é maior: são 4 cm a mais, totalizando 1,72 m. O entre-eixos fica em 2,58 m, e o porta-malas recebe 325 L. Na carroceria sedã, que também é esperada para o Brasil, o comprimento chega a 4,40 m, e o porta-malas abriga bons 500 L de capacidade.

 

Espaço interno, desempenho e acabamento agradam

O Kia Rio se mostra um hatch com boa qualidade de fabricação e manuseio agradável, ágil e estável. Por dentro traz bastante plástico, mas sempre de boa qualidade. O toque não é lá tão suave, mas tudo é bem montado, sem falhas aparentes. O espaço para os passageiros é amplo, com boa área atrás para as pernas, a cabeça e os ombros. Sobre a direção, é suave, confortável e dinâmica. Firme quando precisa ser e bem leve para as manobras de estacionamento. A suspensão ficou mais dócil ao lidar com as oscilações do solo, e a caixa manual de seis marchas presente na unidade testada tem engates precisos.

O conforto a bordo também se mantém no que diz respeito ao isolamento acústico, mesmo em alta velocidade. Ruídos de vento não aparecem, e, no rodar, por mais que demore um pouquinho até que o carro realmente ganhe vigor, ele se mostra bastante ágil e leve em seguida. O trabalho dos freios é excelente: seus quatro discos respondem com pressa às ordens dadas através do pedal do meio – cujo curso é curto.

 

Versão top acima dos R$ 70 mil

Em termos de segurança, destaca-se a adoção de freio a disco nas quatro rodas. Porém, apenas a versão mais cara do hatch recebe controle eletrônico de estabilidade e tração e seis airbags. Já em relação ao equipamento de som e entretenimento, aparece uma tela sensível ao toque de sete polegadas com conectividade com Android Auto e Apple CarPlay. Há também sensores de estacionamento traseiros e câmera de ré. 

No México, os preços vão dos 241, 9 mil pesos pedidos pela variante de entrada aos 309,9 mil pesos cobrados pela mais cara. Na conversão direta, a conta dá algo em torno de R$ 44, 5 mil e R$ 57 mil. No Brasil, no entanto, a configuração mais cara, com transmissão automática, deve superar os R$ 70 mil.

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