A nova Ford que surgiu depois da montadora do oval azul deixar de fabricar veículos no país, segue investindo em segmentos onde apenas produtos de maior valor agregado são oferecidos, principalmente no universo dos SUVs e picapes.
Após apresentar a versão de motor híbrido da Maverick, a gigante e aguardada por anos, a F-150 e uma nova geração da Ranger, a vez, agora é do Territory, que segue sendo importado da China.
O modelo estreou no país em meados de 2020, em pleno começo da pandemia e para ser sincero não ganhou a relevância que produtos de sua categoria recebem no mercado brasileiro. Mas agora ele voltou, em relação ao antigo só mesmo o nome, tudo é, de fato, novo neste SUV.
O Autotempo esteve em Itu, interior de São Paulo, para conhecer o lançamento da Ford. Além do visual, o Territory ganhou nova transmissão, sai de cena a CVT e entra uma caixa com dupla embreagem e sete velocidades, o modelo já está na rede de distribuidores da marca com preço sugerido de R$ 209.900.
Comercializado em mais de sessenta países, o novo Territory está com um visual mais global para atender os diversos públicos de consumidores ao redor do mundo.
Para ser lançado no Brasil o modelo passou por ajustes de suspensão e rodou em condições adversas para ser testado e adequado às condições de nosso piso e de nossa gasolina, Ele não é flex.
A dianteira traz uma grande grade com detalhes cromados, conjunto de faróis e luz diurna em LED. As rodas são de 19 polegadas e o visual é harmonioso e agrada.
O Territory cresceu no comprimento, na altura, na largura e na distância entre os eixos, o que proporciona mais conforto para os passageiros do banco traseiro, o espaço para bagagem agora é de 448 L.
Com as novas medidas está entre os maiores entre seus pares, a fabricante elegeu os Jeeps Compass e o Commander como seus principais concorrentes, ainda que pese o fato do segundo oferecer configuração de sete lugares.
O SUV mantém a tradição Ford de bom acabamento, os bancos dianteiros são ventilados e o do motorista conta com ajuste elétrico de dez posições. No painel duas telas, uma para o painel de instrumentos e a outra para a central multimídia, cada uma com 12,3 polegadas em uma única moldura.
No mais, segue a mesma receita de modelos de sua categoria, oferecendo compatibilidade com Android Auto e Apple CarPlay sem fio, seis airbags, monitor de ponto cego, além de controles de estabilidade e tração.
Completa a lista: freio de estacionamento eletrônico, assistente de permanência em faixa, câmera 360°, controle de cruzeiro adaptativo, sensores de estacionamento entre outros.
Apesar de seguir com motor 1.5 turbo, o bloco sofreu mudanças, foi recalibrado e agora trabalha com ciclo Otto ao invés de ciclo Miller, aumentando a potência e torque dos 150 cv e 22,9 kgfm atuais para 170 cv e 26,5 kgfm.
Como mencionado, a transmissão CVT deixou de ser usada, uma caixa automatizada de dupla embreagem e 7 marchas, mas nada em comum com o problemático câmbio Poweshift que deixou muita dor de cabeça para seus usuários.