Moto

Guinada para cima

Expectativa das fabricantes é de crescimento, ainda que tímido, na comercialização de novas motocicletas no Brasil em 2018


Publicado em 14 de fevereiro de 2018 | 03:00
 
 
 
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O mercado de motos não reagiu em 2017. Porém, a julgar pela confiança de alguns executivos no mercado brasileiro, é possível crer que o pior já passou. Mesmo com a retração de cerca de 15% nas vendas em 2016, há quem aposte em saldo positivo em 2018. A Honda, por exemplo, espera um crescimento em torno de 5% em relação a 2017. A marca nipônica, que concentra quase 80% das vendas no Brasil, aposta na emoção para ampliar seus lucros em 2018. CBR 1000 RR Fireblade e X-ADV estão confirmadas para este início de ano – a pré-venda já começou em 2017. Além disso, está confirmada a venda da nova GL 1800 Goldwing, prevista para chegada no segundo semestre.

Na alemã BMW, as atenções estão voltadas para o lançamento da G 310 GS, versão aventureira da naked G 310 R, fabricada no Brasil. “Por questões internas, não temos por hábito emitir projeções de produção e vendas. Mas estamos otimistas, pois acreditamos no nosso portfólio de produtos”, desconversa João Veloso Jr., head de comunicação corporativa do BMW Group Brasil. Outra promessa da BMW é a renovada touring K 1600 GTL, com motor de seis cilindros em linha e 160 cv.

Na Kawasaki, a aposta para este ano é explorar ainda a recém-lançada Versys-X 300 e, mais para o apagar das luzes de 2018, iniciar a venda de dois modelos: a nova Ninja 400, com motor bicilíndrico de 45 cv, que vai “matar” a Ninjinha 300 em 2018, e a Z 900 RS, com estilo retrô e montada com um quadricilíndrico de 948 cc e 125 cv de potência. A inglesa Triumph terá por aqui a Bonneville T100 Black e a renovação da linha Tiger 800.

Já a Yamaha direciona sua atenção principalmente para a nova geração da Fazer 250, lançada no último Salão de Duas Rodas. Mas também existe a chance de a marca japonesa trazer para o Brasil o scooter X-Max 300, pronto para rivalizar com a Honda SH 300i. A Yamaha, aliás, comemora um crescimento forte, mesmo diante da retração de 2017. A marca respondia por 10,81% do mercado de duas rodas ao final de 2016. Até o final de novembro, havia acumulado 13,53%. Mas a maior vitória foi outra: conseguiu crescer em vendas. Até novembro de 2016, tinha 98.134 emplacamentos registrados. Em 2017, no mesmo período, foi para 104.701 (+ 6,7%).

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Fidelização. A Harley-Davidson “joga” de uma maneira diferente no Brasil. É claro que uma forte crise como a enfrentada no país afeta os resultados. Mas seu foco está principalmente nos clientes que já são fiéis à marca, motivados por um apelo emotivo. A marca promete para os próximos dez anos o lançamento de cem novos modelos de motocicletas no mercado global.

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