Avaliação

‘Queridinho’ do mercado, Jeep Compass Limited 4x4 mostra seu valor

Versatilidade do motor a diesel impulsiona o veículo na preferência dos clientes de SUVs médios no Brasil


Publicado em 15 de agosto de 2018 | 03:00
 
 
 
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Poucas marcas que atuam no cenário automotivo brasileiro conseguiram ir tanto na contramão da crise automotiva quanto a Jeep. E a fabricante norte-americana nem inovou tanto, ao contrário: apostou no óbvio e investiu suas fichas nos utilitários-esportivos, que estão em alta no mercado. Além de oferecer no Brasil o compacto Renegade, passou a construir aqui também a nova geração do médio Compass. Aliás, fez ainda mais: promoveu seu lançamento global no Brasil. Não teve jeito, o carro caiu nas graças do consumidor e se tornou o SUV mais vendido do país e já é, de janeiro a julho de 2018, o oitavo automóvel de passeio mais emplacado por aqui. 

Uma de suas principais vantagens entre os crossovers médios é o fato de aliar o visual elegante e tecnologias modernas ao motor a diesel. E a variante intermediária Limited é a que oferece o melhor custo-benefício nesse sentido. No visual, aparece a característica grade de sete fendas e o típico para-lamas de contornos trapezoidais da fabricante. Por outro lado, o apelo esportivo é aguçado pela linha de teto descendente na traseira. O conjunto ótico também deixa de lado a imagem robusta que a Jeep carrega e traz um desenho mais elegante, com assinaturas de LEDs na frente e atrás. Visto de perfil, há um friso bem destacado que sai da base da coluna dianteira, acompanha toda a linha superior dos vidros laterais e contorna o vidro traseiro pela lateral e por baixo. 

De série, a versão Limited 4x4 traz chave presencial e tela configurável de TFT no quadro de instrumentos. Há central multimídia com navegação GPS, bluetooth e tela sensível ao toque com 8,4 polegadas, que transmite imagens da câmera de ré e traz funções acionadas por comando de voz. Na segurança, aparecem controle eletrônico de estabilidade, sistemas anticapotamento, de monitoramento de pressão de pneus, além de controle de velocidade de cruzeiro, assistente de partida em rampa, freios a disco nas quatro rodas, Isofix, e outros.

Entre os opcionais, é possível ampliar o número de airbags de dois para sete, e instalar sensores crepuscular e de chuva, monitoramento de faixa de rolagem, estacionamento automático e controle de cruzeiro adaptativo com frenagem de emergência.

 

Motor 2.0 a diesel move o SUV com muita facilidade

O motor é o mesmo 2.0 turbodiesel que movimenta versões mais caras do Jeep Renegade e da Fiat Toro, assim como a transmissão automática de nove marchas – com aletas atrás do volante – e a tração 4x4 Jeep Active Drive Low. São 170 cv e 35,7 kgfm, sendo que o torque máximo fica disponível já em 1.750 rpm. Ele move com facilidade o SUV médio. Segundo a Jeep, 80% do torque já aparece em 1.500 giros. Isso garante vigor em toda a faixa útil de rotações do carro, de arrancadas até retomadas e ultrapassagens. O câmbio automático oferece trocas suaves e no tempo certo. 

A tração é definida pelo sistema Selec-Terrain, com um seletor giratório no console central com opções de neve, areia e lama. A capacidade off-road também é acentuada por questões estruturais: há 5.000 pontos de solda no carro, e cerca de 70% do chassi é feito de aço de alta resistência, para aumentar a rigidez, refinar o comportamento dinâmico e melhorar a absorção de impactos mesmo em terrenos acidentados.

 

Econômico e bom de dirigir

Em qualquer que seja a versão, o Jeep Compass impressiona por seu aspecto contemporâneo e elegante. Mas isso sem deixar de lado a robustez aventureira típica da Jeep. O desenho é bem equilibrado e capaz de atrair quem procura um modelo familiar que passe menos pelo posto de gasolina – graças ao motor turbodiesel. O Inmetro não faz aferições de motores diesel. Durante a avaliação por mais de 1.500 km, o modelo obteve médias de 11 km/L no ambiente urbano e 14 km/L em rodovia. 

A ergonomia do Compass é excelente e o volante tem boa pegada. Em relação à visibilidade, agrada na frente e atrás. A chave presencial faz com que a entrada no veículo e a partida do motor sejam extremamente práticas, apenas pelo toque de um dedo. Além disso, é fácil lidar com o interior, que traz comandos intuitivos e uma central multimídia com tela grande, cheia de boas funções e alinhada com as novas tecnologias de conectividade. 

O rodar é suave na estrada e na cidade, mas o modelo também se mostra bem sólido nos trechos de terra ou esburacados. A direção é direta e precisa, e, apesar dos diversos recursos eletrônicos que favorecem a segurança, é muito difícil vê-los em ação.

Ficha técnica

Motor. 2.0 16V, turbodiesel e quatro cilindros em linha

Potência. 170 cv a 3.750 rpm

Torque. 35,7 kgfm a 1.750 rpm

Câmbio. Automático de nove marchas

Aceleração de 0 a 100 km/h. 10 segundos

Veloc. máxima. 194 km/h

Porta-malas. 410 L

Peso. 1.717 kg (em marcha)

Freios. A discos nas quatro rodas

Pneus/rodas. 225/55 aro 18

Capacidade do tanque. 60 L

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