O CEO da Stellantis, Carlos Tavares, levantou nesta semana preocupações sobre o impacto da produção de automóveis chineses na Itália, alertando para decisões difíceis que podem ser necessárias, incluindo o fechamento de fábricas.
As negociações do governo italiano com a Tesla e montadoras chinesas, como a Chery, visam revitalizar a produção automotiva nacional, que enfrentou anos de declínio.
Desafios pela frente
Durante um evento em Turim na última quarta-feira (10), Tavares enfatizou a possibilidade de decisões impopulares caso a concorrência chinesa se estabeleça na Itália. Ele ressaltou a necessidade de aumentar a produtividade para manter a competitividade da Stellantis diante desses desafios.
O CEO alertou para a perda de participação de mercado e volumes de vendas, o que poderia levar à redução da necessidade de fábricas. Ele reiterou o compromisso da Stellantis com a Itália, refutando especulações sobre desinvestimento no país e destacando os recentes investimentos, incluindo o desenvolvimento de tecnologias eletrificadas e a extensão da produção do Fiat Panda até 2030.
Incentivos para veículos elétricos
Tavares expressou preocupação com a demora na implementação de subsídios para veículos elétricos na Itália, apesar das promessas do governo. Ele questionou a falta de incentivos divulgados, enquanto a demanda por veículos elétricos diminui no país desde o início de 2024, aguardando por medidas de estímulo ao setor.
A Stellantis enfrenta o desafio da transição para veículos elétricos, buscando tornar-se mais eficiente por meio de cortes de custos e ajustes na força de trabalho em países como França e EUA.
Tavares enfatizou a importância de adaptar-se às demandas do mercado e à evolução da indústria automotiva para garantir o sucesso futuro da empresa.