Um dos compactos mais bonitos em oferta no mercado, senão o mais, o Peugeot 208, experimenta nova fase agora que passou ter a opção do novo motor 1.0 turboflex que vitaminou seu desempenho. Este propulsor está acoplado a transmissão CVT e fez com que a vitalidade do francês mudasse da água para o vinho. Autotempo passou dez dias avaliando o modelo na versão intermediária de acabamento, a Style, a única que traz de série as belas rodas de 17 polegadas que saltam aos olhos de tão harmônico ficou o conjunto. Se for esse o “incentivo” que o 208 precisava para deslanchar nas vendas é só esperar para conferir o fechamento de seus números que tem tudo para surpreender.
Não há como negar, o novo Peugeot 208 chama atenção por anda e para, suas linhas diferenciadas aliadas à cor cinza Artense da unidade avaliada, fez muitos transeuntes viraram o pescoço para apreciar a beleza deste “leão”. Começando pelo desenho dos faróis de Led, que se destacam, assim como as luzes diurnas, o DRL, que remete às garras do leão, símbolo que representa a Peugeot. Também a grade com detalhes cromados marcam o desenho na dianteira. Na parte de trás mais personalidade, a versão testada, top de linha, traz um aerofólio com luzes de freio integradas e um aplique preto que une as lanternas faz lembrar o que se vê em um Porsche. Vale lembrar que as luzes do conjunto não são de Led.
Uma novidade nesta geração do Peugeot 208 é que chamam atenção é o i-cockpit, quadro de instrumentos digital e também em 3D. São duas telas e por elas o motorista confere autonomia e recursos de assistência como o leitor de placa que ajuda a lembrar qual a velocidade permitida da via. O ar-condicionado é digital, a central multimídia é de dez polegadas, mas requer o uso de fio para estabelecer a conexão com o smartphone, que pode usar o IOS ou o Apple Carplay. Em compensação uma boa solução é um espaço com tampa que serve para guardar o celular e traz carregamento por indução. Na parte de segurança destaque para os quatro air-bags, air-bag de cortina, alerta de colisão, frenagem automática, entre outros.
O formato do volante, que é menor comparando a outros modelos, ainda se diferencia pela base achatada. O painel com um acabamento que imita fibra de carbono deixou o carro mais refinado, teclas de comando de algumas funções de conveniência e conforto, lembram as de um piano e já estavam presentes em outros modelos Peugeot, e agora chegaram ao 208. O espaço interno deixa a desejar, mesmo que esta geração tenha tido seu entre eixo aumentado isso não se traduziu em conforto. Para quem viaja na segunda fileira de bancos o espaço é limitado. Na falta de itens de conforto atrás o grande teto solar panorâmico ajuda a amenizar. Outro ponto que merece ressalva, nesta geração o espaço diminui de 285 para 265 litros sua capacidade.
Se o visual e o acabamento já eram pontos positivos no francês, que pecava na utilização do antigo bloco de 1.6 litros aspirado, esse problema não existe mais. Agora o “leão” é empurrado por um motor moderno de três cilindros, de um litro e dotado de turbo compressor, com injeção direta. Este propulsor equipa algumas versões dos Fiat Pulse e Abarth. Vale lembrar que tanto Peugeot e Fiat também estão sob o guarda-chuva da poderosa Stellantis. São 130 cavalos de potência e 20,4 kilos de torque, quando o etanol está no reservatório. O câmbio é do tipo CVT que simula sete velocidades, mas não tem as aletas na coluna de direção. O motorista tem a opção da troca de marchas manual pela alavanca, mas não é a mesma coisa.