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É preciso falar de Amanda.
A jogadora foi peça-chave e decisiva na conquista do título estadual do Fluminense.
O campeonato carioca, em franca decadência, merece pouco crédito pela fragilidade técnica e o número irrisório de participantes.
O que conta, e como, para Fluminense, foi vencer o Flamengo. E duas vezes consecutivas.
A segunda fica escrita na história daquele que já foi um dos estaduais mais importantes do país.
O resultado pode enfim mudar definitivamente o futuro do Fla-Flu no vôlei feminino.
A hegemonia acabou.
E uma das responsáveis, talvez a maior delas, é Amanda Campos.
A jogadora, esquecida na Europa, foi uma das apostas da comissão técnica.
Amanda, amadurecida, fez a diferença em quadra.
Aos 36 anos, dominou a linha de passe, de volume de jogo, brincou com o fraco bloqueio adversário e liderou o Fluminense dentro e fora de quadra.
Amanda, conhecendo os bastidores como poucas, não deixou o Flamengo apitar o jogo, algo comum quando envolve Bernardinho.
O campeonato estadual de fato é irrelevante em termos práticos.
O resultado não.
A chegada de Amanda não coloca o Fluminense entre os favoritos da Superliga.
A expectativa, entretanto, é que o time ganhe coragem e enxergue que o Flamengo não é mais aquele dos tempos da própria jogadora que cansou de vencer o Fluminense, hoje dela.
Amanda deu nova cara e identidade ao campeão.