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O paternalismo na esfera esportiva é retrocesso ético.
A insistência de Bernardinho com Bruno Rezende é compreensível, mas inacreditável.
De novo, assim como na derrota para Cuba, o capitão e líder do Senado viu o fim do jogo no banco.
A entrada de Cachopa no terceiro set ajudaria a seleção na improvável reação contra a valente Argentina na sofrida vitória por 3 sets a 2.
O mesmo filme da estreia.
Uma seleção insegura, de altos e baixos em quadra, que (ainda) não convence ninguém e salva pelo talento individual de Lucarelli.
O sofrimento é opcional, mas pode durar até o fim da Olimpíada.
A gestão anterior, liderada por Renan Dal Zotto, já dava sinais da necessidade de mudança de levantador.
Não foram poucas as vezes que Bruno Rezende acabou no banco e Cachopa jogando.
Renan foi além.
Bruno Rezende foi barrado em jogos importantes.
Enquanto um retorna ao Brasil para encerrar a carreira, o outro está em alta e valorizado na Itália.
Não está em discussão o passado vitorioso do filho do patrão. O que se discute é presente, futuro e o melhor para a seleção brasileira.
É indiscutível.
A constante imprecisão de Bruno Rezende e os números de Cachopa na última temporada provam que o levantador do Monza merece ser titular.
Só que mexer no Senado é delicado.
Ninguém ousou reagir.
Quanto segundos já passaram calados pela mesma situação coniventes ou não com o processo?
E convenhamos, não seria Bernardinho o responsável. O patrão jamais compraria essa briga e iria remar contra o próprio patrimônio.
O bom Fernando Cachopa e os ponteiros não devem se iludir.
A seleção brasileira masculina é um jogo de interesses, onde todas as jogadas possuem suas cartas com pessoas marcadas.
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