O vôlei com conhecimento e independência jornalística
Quem fica atrás de erro é professor de português
Será que a seleção brasileira achou mesmo que perdeu para a Itália por causa da arbitragem?
Bobagem.
Apenas um fundamento seria necessário para a explicar a vitória da Itália: 9 pontos de saque, contra 1 do Brasil.
É ou não suficiente?
O Brasil caiu pela segunda vez, entre outras coisas, porque simplesmente não mudou.
A CBV, Confederação Brasileira de Vôlei, trocou Renan Dal Zotto por Bernardinho, mas a filosofia é exatamente igual a gestão anterior.
O Senado dita as regras.
Não há renovação porque o compromisso político e a influência dos veteranos não permitem.
O próprio Renan, padrinho de Bruno Rezende, já tinha barrado o filho do patrão na temporada passada. E lançado Darlan, ou alguém esquece o último jogo do pré-olímpico contra a própria Itália?
A questão vai muito além da coragem de efetivar Fernando Cachopa como titular.
O que (ainda) faz Lucão na seleção com Judson voando e pedindo passagem?
Quem explica Flávio, Isac e Maurício Borges?
Há quantos anos jogamos e dependemos de Leal e Lucarelli, ambos extremamente desgastados fisicamente?
Cadê Maique?
Por que Thales é intocável?
Como Bernardinho e a comissão técnica justificam as convocações de Honorato e Lukas Bergmann? Os dois sequer entraram em quadra no Rio de Janeiro.
Adriano será eterna promessa?
Afinal, que espécie de laboratório é esse?
A maior lição na derrota para a Itália passa pelo comprometimento do técnico Ferdinando Di Giorgi.
Os meninos Porro e Bovolenta, por exemplo, saíram do banco e mudaram a história da partida com 20 pontos.
Atitude.
Confiança.
No Brasil de Bernardinho, assim como o Brasil de Renan, há lugar cativo.
Aqueles que estão no banco são meras figuras ilustrativas.
A triste constatação é que o resultado mais expressivo da seleção no retorno do patrão e na passagem pelo Rio de Janeiro foi a vitória diante da destroçada Sérvia.
É preciso entender que sem renovação não há transformação e sem transformação não há evolução.
Sem evolução não haverá nada e o Senado não faz política.
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