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Não adianta fugir ou esconder os problemas.
Uma hora a conta chega.
E convenhamos, nos casos de Minas e Praia Clube, demorou.
Os dois estavam flertaram com o perigo várias rodadas, passando inclusive pela Copa Brasil, quando, não por acaso, precisaram de 5 sets para confirmarem a classificação.
Não que as derrotas do Praia Clube para Barueri e do Minas para Maringá estivessem no script e os resultados possam ser considerados normais.
Não.
Foram zebras mesmo, sem tirar os méritos de Barueri, em franca evolução, e de Maringá, que contou mais uma vez com a generosa colaboração de Nicola Negro.
O prejuízo dos mineiros e o estrago na classificação são os menores problemas.
A questão é técnica e tem a ver com regularidade, algo que Minas e Praia Clube ainda não apresentaram na temporada.
O que ameniza a situação é que nenhum dos concorrentes diretos ao títulos são confiáveis e mostraram equilíbrio, pelo contrário.
Osasco, Fluminense e até o Flamengo, pior de todos os tempo, vivem numa interminável gangorra.
O líder Bauru, curiosamente, talvez seja na atualidade o menos instável.
Mas até quando?
15 rodadas já foram disputadas e Minas e Praia Clube ainda não encontraram o tão desejado padrão de jogo.
Marcos Miranda e Nicola Negro terão muito trabalho pela frente.
A tarefa deles não é simples.
A prioridade de Marcão é o passe.
O Praia, sem recepção, não anda. E as centrais precisam jogar porque as ponteiras nem sempre irão resolver, vide o jogo com Maringá.
A lição para o Minas talvez tenha sido mais dura.
A sensação é que Nicola Negro nunca esteve tão perdido. O italiano tem crédito, mas tem mostrado incoerência nas escolhas e opções.
A imprecisão e insegurança de Jenna Gray são acintosas.
Kisy anda sobrecarregada, as melhores ponteiras não são escaladas e o rodízio entre a segunda central, sem Julia, causa estranheza.
Isso sem falar na quantidade de erros absurda que acompanha o time independentemente do adversário.
Nem sempre o Minas resolveria apenas pelo talento da ótima Thaísa, que mais uma vez passou fome em Maringá, ou peso da camisa.
O alerta foi ligado, mas ignorado.
A conta chegou para os mineiros.