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Não há bons ventos para nau sem rumo.
A crise que assola o projeto de Guarulhos ganha todos novos capítulos. E agora envolve a Vedacit, empresa que abraçou o time desde a criação.
A ida para a Brasília é apenas parte do processo.
Cientes da crise, alguns ex-jogadores do clube, procurados pelo blog, detonaram a maneira como os gestores administram a questão financeira de Guarulhos.
'Nós também fomos culpados na época porque aceitamos essa condição da Vedacit. Mas não dá para assinar contrato em maio e receber apenas em janeiro do ano seguinte'.
A operação é padrão no projeto.
E até hoje funciona assim.
'Não tem muito para onde fugir. Mas esse descontentamento sempre foi colocado na mesa para a direção que simplesmente deixou a coisa andar. A conta agora chegou'.
Até onde o blog chegou, os salários da temporada são pagos apenas a partir de janeiro, ou seja, os atletas não recebem entre agosto e dezembro e no ano seguinte ganham o proporcional ao que ficou para trás.
'Acho que de certa forma fizemos muito mais mais do que era possível diante desse cenário. Não dá para cobrar resultados', disse um dos atuais jogadores do projeto, que por razões óbvias, prefere não ter o nome divulgado.
O blog fez contato com os responsáveis pelo clube.
Ninguém retornou.
A Vedacit, procurada, também não se pronunciou.
O que se sabe é que o rompimento entre as partes é questão de semanas.
A Vedacit investiu apenas R$ 1,2 milhão na atual temporada, nada que justifique os péssimos resultados.
O novo CEO não está empolgado.
E nem poderia vendo o que o time apresenta em quadra.
O patrocinador, diga-se de passagem, não irá acompanhar o projeto em Brasília, isso claro que se Guarulhos não for rebaixado.
O ambiente é ruim e os resultados em quadra são reflexo da balbúrdia e falta de pontualidade.
É aquilo: nada acontece por acaso.