O vôlei com conhecimento e independência jornalística

Favorito sim, mas com ressalvas.

O Minas tem a responsabilidade nas quartas de final e obrigação de avançar contra Barueri.

Acontece que a campanha recheada de altos e baixos e a eterna dependência de Kisy, marcas da temporada de Nicola Negro, revelam o tom de insegurança.

Apesar de ter vencido com sobras os dois jogos da fase de classificação contra Barueri, o Minas ainda não convenceu. 

E mais: sofre com a instabilidade emocional.

É um time capaz de dominar o adversário, se impor e fazer sets brilhantes, e na sequência ser completamente envolvido ou travar a rede, parar de rodas como aconteceu em várias passagens.

Nicola Negro não encontrou a formação ideal. A aposta em Glayce como titular é o exemplo mais recente.

O Minas é previsível. 

Uma nota só.

E a responsabilidade é 100% do treinador exigindo que Jenna Gray use e abuse de Kisy abandonando Thaísa, em condições normais, bola de segurança em qualquer time ou seleção do mundo.

No Minas, não.

É bola para Kisy, que é acima da média, mas não é mágica e obviamente fica sobrecarregada.

Na cabeça de Nicola é esse o jogo e Jenna segue rigorosamente o que manda o técnico.

Contra Barueri, pode e deve dar certo a estratégia. Mas quando cruzar com os grandes, a coisa muda de figura.

Os últimos resultados respondem.

Ou não?

Barueri chega aos playoffs no lucro como franco-atirador.

No inicio da Superliga o quadro indicava a briga contra o rebaixamento, nada mais.

O time evoluiu, ganhou corpo e confiança no returno e se classificou surpreendentemente com sobras.

O caminho contra o Minas passa pelo equilíbrio, coragem e ousadia.