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Ficção é uma coisa, realidade é outra.
A verdade e a ilusão são geralmente disfarçadas uma na outra.
E a mentira não tem perna curta, a mentira tem prazo de validade.
Campinas, convenhamos, foi longe demais na Superliga.
E olha que muita gente, incluindo jogadores e diretoria, acreditava mesmo que o time pudesse sair do oitavo lugar para conquistar o título.
A ficção até que ganhou força quando Campinas eliminou o Sada/Cruzeiro, mas essa mesma ficção revela a verdade que a realidade esconde.
E haja ilusão para o sofrido torcedor e inocente patrocinador.
A diferença é que dessa vez a frustração não aconteceu como de costume no conhecido salão de festas do Taquaral.
Fato é que nada dá certo quando começa errado. Ou melhor, o que começou errado, permanece errado.
O problema de Campinas é de fora para dentro. Sempre foi.
Gestão.
O segredo dos bons resultados de uma empresa está na eficiência da gestão, ou seja, Campinas passa longe.
A arrogância é o primeiro sinal de fracasso.
Os responsáveis pelo projeto faturam alto, não abrem mão da boa remuneração e o que sobra do orçamento é rateado entre jogadores e comissão técnica.
O maior exemplo é Horacio Dileo.
O treinador argentino, o único responsável pela sobrevivência e reabilitação do time na Superliga, jamais teve trabalho reconhecido.
O contrato de Horacio Dileo não foi renovado.
O respeito é o reconhecimento justo, semelhante a honestidade que não precisa ser provada.
Só que nada acontece por acaso.
E Campinas não aprende.
Agora a chegada anunciada do líder do Senado sugere mais uma temporada zerada e jejum de títulos.
Não importa o quanto você foi longe no caminho errado.
O que dizem é que tudo na vida é merecimento, uns merecem mais, outros menos.
É aquilo: escolher um caminho todos escolhem. O problema é a direção errada.