7 horas no ginásio

CBV e a prática da tortura na Superliga

Inaceitável inabilidade da atual gestão

Por Bruno Voloch
Publicado em 27 de fevereiro de 2021 | 10:12
 
 
 
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O vôlei com conhecimento e independência jornalística.

Inaceitáveis os episódios registrados em Barueri.

Iniciar um jogo quase 11 da noite é desumano.

Desrespeitoso.

A falta de organização, marca registrada dos ‘jênios’ que dirigem a CBV, Confederação Brasileira de Vôlei, continua expondo a Superliga ao ridículo.

Se fossem apenas eles envolvidos, tudo bem, até porque não existe qualquer preocupação com a reputação, abaixo da crítica, pisoteados pela mídia e pelos jogadores.

A questão é que atletas, comissões técnicas, árbitros ficaram presos dentro de um ginásio fazendo hora, contando com a sorte e torcendo contra a chuva.

O ginásio de Barueri, é bom que se diga, não é o único.

 

Problemas semelhantes já foram registrados em Osasco, no Rio, expert no tema, Campinas, e outros tantos que nos fazem perder a conta.

Já nos acostumamos.

É óbvio que os ginásios pelo Brasil afora não são inspecionados como deveriam pelos funcionários dos ‘jênios’. Fico imaginando como devem ser os laudos técnicos. Se é que existem.

Não duvido que a CBV, nas divertidas e cômicas notas oficiais, alegue que a responsabilidade não é da entidade.

Normal, mas mesmo que não seja, quem organiza o evento?

Situações como essas registradas são recorrentes. Toda temporada é a mesma coisa. Não muda. Não muda porque tem a cara da CBV.

A defesa dirá que o regulamento prevê até 4 horas de espera.

E o respeito com os profissionais envolvidos no jogo? Como fica?

Não existe bom senso. Os jogadores continuam pagando a conta e a imagem do vôlei brasileiro sendo motivo de chacota no exterior.

O mais indicado, qualquer leigo chegaria a essa conclusão, seria o adiamento da partida, ainda mais envolvendo dos times do mesmo estado. Só que aí entra a questão do calendário e a falta de datas.

Balela.

Desculpa para empurrar debaixo do tapete a inabilidade dos ‘jênios’.

Reflexo da falta de planejamento, de uma administração fadada ao fracasso, que visa interesses próprios e deixa os verdadeiros artistas em segundo plano.

Artistas que passaram quase 7 horas dentro de uma quadra. Desde a chegada no José Correa até uma da madrugada.

 

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